Mesmo sendo alvo de investigações e de um processo de cassação, o prefeito de Campo Magro, José Antônio Pase (PMN), poderá continuar ocupando o cargo, provavelmente até o final de seu mandato. Esta foi a decisão da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), que julgou nesta tarde de terça-feira (31) um pedido de suspensão da liminar que garantia seu direito em continuar como prefeito, expedida pela Justiça de Almirante Tamandaré há menos de duas semanas. Os três desembargadores que analisaram o caso indeferiram o pedido, mantendo a decisão anterior.
Desta forma, moradores do município pretendem continuar as manifestações que já vinham realizando contra o prefeito. Na semana passada, um grupo de cerca de 30 pessoas ficou acampado em frente à Câmara Municipal para tentar impedir que os vereadores votassem a destituição da Comissão Processante que determinou a cassação do prefeito. “Como essa votação não deve mais acontecer porque o pedido foi julgado pelo TJ, vamos deixar o acampamento na Câmara, mas já está estamos programando outras manifestações para mostrar nossa indignação em relação ao prefeito e exigir que tenhamos vereadores decentes para fazer uma nova investigação”, explica o empresário Miguel Mozzilli, um dos organizadores do movimento.
Apesar de as supostas irregularidades cometidas por Pase continuarem sendo investigadas e o pedido de cassação ainda estar tramitando na Justiça, o vereador Sérgio Martins (PDT) lamenta a decisão do TJ. “O Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público do Paraná (MP-PR) continuam analisando as denúncias, mas mesmo se sair alguma decisão sobre a cassação, isso deve acontecer somente no final do mandato dele”, comenta. Segundo o parlamentar, a decisão do TJ foi baseada na defesa de Pase, que argumentou falta de tempo hábil para se defender das acusações. As denúncias apontam que o prefeito seria responsável por irregularidades na contratação de empresas terceirizadas, aluguel de veículos superfaturados e não apresentação de prestação de contas no ano de 2009. A reportagem tentou contato com Pase para ouvi-lo, mas não conseguiu encontrá-lo.