A empresa BR Travessias, responsável pelo ferry boat de Guaratuba, tem 20 dias para realizar as intervenções necessárias nas pontes e flutuantes para garantir a segurança do usuário. A determinação é do juiz de Direito Substituto Jailton Juan Carlos Tontini, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, da Justiça Estadual. Ele atende a um pedido de liminar feito no bojo de uma ação civil pública protocolada no último dia 1º pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão ligado ao governo do Paraná.
+Viu essa? Ferry boat de Guaratuba: polêmicas além da balsa!
Na decisão, assinada no final da tarde desta quarta-feira (2), também fica definida uma multa diária de R$ 50 mil à empresa em caso de descumprimento. “As intervenções almejadas pelos autores são urgentes, sob pena de exposição dos usuários do Ferry Boat a sério e concreto risco de acidentes”, escreveu o juiz.
A reportagem entrou em contato com a BR Travessias e aguarda um retorno.
A empresa assumiu os serviços em abril do ano passado e, desde então, uma série de problemas já foram registrados – recentemente, um dos flutuantes operados pela concessionária acabou naufragando (atracadouro de número 1).
No relato feito à Justiça Estadual, o DER alegou que as estruturas do ferry boat estão em estado calamitoso e que já fez cobranças à empresa, sem resultado prático.
Na ação civil pública, o DER também lembrou que, por causa dos problemas no ferry boat, a prefeitura de Guaratuba já decretou estado de calamidade pública por duas vezes, desde abril do ano passado.
Problemas na travessia
Em julho deste ano um Ferry Boat que fazia a travessia em Guaratuba ficou à deriva por 45 minutos, deixando motoristas apreensivos e incomodados. A razão daquela vez foi uma quebra hidráulica em uma das balsas.
Desde que houve a troca da empresa responsável pela concessão os usuários têm demonstrado insatisfação com o serviço. A Tribuna mostrou ainda em abril a reclamação dos motoristas com o tempo de espera para efetuar a travessia, com filas que em dias comuns poderiam chegar a uma hora. A empresa chegou a ser acionada pelo Departamento de Estradas e Rodagem para presta esclarecimentos. A Prefeitura de Guaratuba também cobrou providências.