Dois acusados de envolvimento no assassinato do empresário Fabrizzio Machado da Silva foram condenados em julgamento por homicídio duplamente qualificado. Já um dos réus foi absolvido das acusações. Fabrizzio foi morto a tiros em 2017, aos 34 anos, quando chegava em casa, em Curitiba. A vítima era presidente da Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis (ABCFC).

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O júri popular teve início na quinta-feira (12) e terminou apenas na madrugada desta sexta-feira (13). A investigação apontou que o assassinato teve relação com a atividade de fiscalização que a vítima realizava. Onildo Chaves de Córdova, de 39 anos, apontado como mandante do crime, teve o pedido da defesa atendido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e foi retirado do julgamento. Ainda não há data para este julgamento em especial.

Patríck Jurczyszyn Leandro, 34 anos, foi condenado a 30 anos de prisão por ser o responsável pelos tiros; Matheus Willian Guedes, 23 anos, punido por 23 anos de prisão por participar do plano de execução do empresário. Já Jefferson Rocha, 38 anos, foi absolvido da acusação.

Entre os acusados, Patríck e Matheus foram levados pelo Departamento Penitenciário do Estado do Paraná para acompanhar o julgamento. Jefferson Rocha sofreu uma tentativa de homicídio e não pôde acompanhar o julgamento.

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Samuel Rangel , advogado do Jefferson Rocha da Silva, ressaltou que o resultado foi um prêmio a Jefferson que sempre ajudou na investigação. “Ele sempre se apresentou de forma verdadeira e posso dizer que ele foi fundamental para a própria pretensão acusatória”, disse Rangel.

Lucas Cavani, promotor de Justiça, disse ao fim do julgamento que o resultado foi um início de justiça. “Tivemos o início da justiça, mas faremos a justiça completa no dia do julgamento do mandante, daquele que encomendou o crime”, disse.

Trio foi preso menos de um mês após o assassinado do fiscal, em março de 2017. Foto: Arquivo/Lineu Filho/Tribuna do Paraná.
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Defesa dos condenados avaliam julgamento

“Entendemos que houve um vício no julgamento. A pena foi excessiva, uma decisão manifestamente contrária à prova dos autos, que se reconhecida traria a um novo júri”, disse Ercio Quaresma, advogado de defesa de Matheus Guedes, condenado a 23 anos de prisão.

A defesa de Patríck Jurczyszyn Leandro disse esperar que seja restabelecida a verdade dos fatos.

Adriano Bretas, advogado de Onildo, disse que a liminar veio a tempo para “corrigir a situação e colocar as coisas em ordem. Onildo é inocente e a verdade será restabelecida no processo”, disse o advogado de defesa de Onildo, apontado pela investigações como o mandante do assassinado de Fabrízzio.

O julgamento de Onildo Chaves de Córdoba foi suspenso porque a defesa fez um pedido de desmembramento do Júri. O pedido foi feito ao Superior Tribunal de Justiça que concedeu a liminar para que o júri dele fosse desmembrado.

O assassinado de Fabrízzio

Fabrízzio chegava em casa, pouco depois das 22h do dia 23 de março de 2017 e, quando embicava o carro na garagem, um Sandero veio e bateu na sua traseira. Segundo a polícia, o motorista do Sandero era Patrick, que causou o acidente propositalmente para fazer o fiscal descer de seu carro, um Civic preto.

Quando Fabrízzio foi ver o que tinha acontecido, foi baleado por Patrick. Câmeras de segurança de uma casa vizinha filmaram tudo. Segundo o delegado Cássio Reis, o mandante do crime, Onildo, é quem passou todas as informações do fiscal a Patrick, como o local onde Fabrízzio morava, qual carro usava, uma foto da vítima, entre outros dados. Um carro vermelho foi visto parado na rua, por duas horas antes do crime acontecer.

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