Depois de mais de cinco anos da morte do jogador de futebol Daniel Corrêa Freitas, o júri popular dos sete acusados tem início nesta segunda-feira (18), no Fórum de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. A previsão é que o julgamento se estenda até quarta-feira (20).
O júri está marcado para iniciar às 9h com a escolha dos jurados, selecionados por sorteio. De 160 pessoas convocadas, sete serão selecionadas para o Conselho de Sentença.
Nilton Ribeiro, advogado que representa a família de Daniel, espera uma sentença exemplar devido a quantidade de provas que comprovam o crime brutal. “Nós estamos aguardando uma sentença exemplar para este caso, porque além da brutalidade e covardia empregada nesse caso, devem ser ser reprimidas com uma sentença exemplar”, comentou o advogado.
O caso ocorreu em 2018, quando o jogador de 24 anos foi encontrado morto em uma área rural de São José dos Pinhais, parcialmente degolado e com o órgão genital cortado, segundo a polícia. O crime ocorreu após Daniel participar da festa de aniversário de Allana Brittes, filha do empresário Edison Luiz Brittes Júnior, de 38 anos. O empresário confessou posteriormente ter assassinado o jogador.
A família da vítima, que mora no interior de Minas Gerais, é esperada para acompanhar o júri.
Réus do caso Daniel
Após a conclusão do inquérito policial, sete pessoas viraram réus pela morte de Daniel:
Edison Brittes Jr. assassino confesso do atleta, indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menor e coação do curso do processo;
Cristiana Brittes: indiciada por homicídio qualificado, coação de testemunha e fraude processual;
Allana Brittes: indiciada por coação de testemunha e fraude processual;
Eduardo da Silva: indiciado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menor;
Ygor King: homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver;
David Willian da Silva: homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver;
Evellyn Brisola Perusso: Fraude processual.
O que dizem os envolvidos?
Edison Brittes Júnior
Elias Mattar Assad, advogado do acusado, informou que o cliente reagiu a uma ação de Daniel Corrêa Freitas. “Ele é vítima de uma situação, e nada teria acontecido”, comentou o representante de Edison ao se referir a uma acusação de que Daniel Corrêa Freitas tentou abusar sexualmente de Cristiana Brittes.
Cristiana Rodrigues Brittes
A defesa de Cristiana Rodrigues Brittes, representada por Thaise Mattar Assad, informou que espera que a sociedade de São José dos Pinhais finalmente compreenda as reais circunstâncias do caso.
Allana Emilly Brittes
Caroline Mattar Assad e Louise Mattar Assad, que representam Allana Emilly Brittes, afirmaram que confiam na justiça.
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva
As advogadas Jéssica Virgínia Moreira e Clarissa Taques, que representam Eduardo Henrique, comunicaram que anseiam que os fatos sejam verdadeiramente esclarecidos, a de forma íntegra, plena e tranquila
David Willian Vollero Silva e Ygor King
O advogado Rodrigo Faucz, que defende David Willian Vollero da Silva e Ygor King, afirmou que foi comprovado que os dois clientes participaram apenas das agressões dentro da casa e não tiveram qualquer envolvimento no momento do homicídio.
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