Júri condena o “Monstro de Colombo”

Dirceu Jacobi, 32 anos, que ficou conhecido como o “Monstro de Colombo”, foi condenado, ontem, a 13 anos de prisão por ter matado a cunhada e baleado o marido dela, em fevereiro de 2006.

A sentença foi anunciada no Fórum de Colombo, por volta das 16h, pelo juiz Fernando Swain Ganem, após o resultado de 7 a 1 dos jurados. No início do ano que vem, Dirceu será julgado por tortura e cárcere privado contra a ex-namorada.

Ligiane Armstrong, mãe da jovem assassinada e da garota torturada, declarou que a família está mais tranquila com o resultado do júri, mas espera que o acusado tivesse condenação maior no próximo julgamento, que deverá ocorrer em janeiro ou fevereiro.

Agressões

O relacionamento de Dirceu com a filha de Ligiane começou em 2003, quando a garota tinha 16 anos. Ela se apaixonou e o casal passou a morar junto. Porém, logo ela descobriu que o homem era traficante e experimentou drogas.

Com o passar dos anos, refém do ciúme doentio do namorado, a jovem foi agredida várias vezes, até que resolveu contar para a mãe e a irmã. Dirceu descobriu que seria denunciado e, em 9 de fevereiro de 2006, matou a cunhada e baleou o cunhado.

Sua amásia conseguiu fugir e voltou a morar com a mãe, em Quatro Barras. Porém, quatro meses depois, ela saiu para telefonar e foi sequestrada a mando do ex-namorado.

A garota ficou nove meses trancafiada numa residência, no bairro Rio Verde, em Colombo. Nesse período, sofreu agressões, queimaduras, torturas, foi obrigada a ingerir fezes e foi vítima das mais absurdas perversões sexuais.

Fim

Para acabar com o sofrimento, ela tentou se matar, tomando veneno. Ao perceber que a namorada poderia morrer, Dirceu desapareceu. A jovem foi levada a um hospital, onde reencontrou a família.

Estava 20 quilos mais magra, com hematomas em todo o corpo, queimaduras e o órgão sexual dilacerado. Dirceu foi denunciado pela Tribuna e preso em 2007, em Rio Branco do Sul, graças a denúncias da população, que viu o rosto do acusado no jornal. Ele permanece preso desde então.

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