Centro

Junta Comercial vai restaurar prédio histórico que pertencia à Polícia Civil

Edificação, na Rua Barão do Rio Branco, está abandonada há anos. Foto: Átila Alberti

As fachadas antigas que escondem o cenário de abandono dentro dos edifícios históricos, na Rua Barão do Rio Branco, 174, no Centro de Curitiba, serão revitalizadas e integrarão o projeto da nova sede da Junta Comercial do Paraná (Jucepar). As informações foram passadas à Tribuna na tarde de terça-feira (4), depois que estudantes da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e diversos profissionais de Arquitetura realizaram uma ação voluntária no local com o intuito de chamar a atenção dos pedestres para a situação das edificações.

“É uma unidade de interesse de preservação que pertence ao governo do Paraná, mas está completamente destruído sem oferecer nenhum benefício à população. Não tem mais teto, nem piso e está cheio de mato na parte interna. Esperamos que as autoridades competentes tomem providências a respeito dessas situações porque isso gera revolta e também insegurança no entorno”, pontuou a arquiteta Danielli Wal, 32 anos.

No entanto, a situação precária deve mudar logo, pois a Lei 18.931 publicada no Diário Oficial dia 20 de dezembro de 2016 entregou o espaço à Jucepar. “Nos interessamos em adquirir o terreno para construir nossa futura sede na região central da cidade e queremos iniciar as obras o quanto antes”, afirmou o presidente da instituição, Ardisson Akel.

Segundo ele, a proposta é construir um prédio de cinco andares com 3.000 m¦, mantendo as duas fachadas históricas. “O espaço interno será moderno, mas a beleza mesmo estará na preservação dessa identidade do final do século 19, principalmente porque a Junta está completando 125 anos este ano, então essas fachadas remetem à época em que nosso trabalho de registrar e cadastrar empresas do estado começou”.

Burocracia

Porém, ainda que a entidade esteja animada com o projeto, o presidente informa que a obra ainda não tem data definida para começar devido aos trâmites referentes à documentação. “Já temos parte dos recursos e o apoio do governador Beto Richa para obter o restante do valor necessário, mas ainda estamos aguardando o pronunciamento final da Secretaria da Fazenda para que possamos receber a escritura”, explicou.

Segundo a secretaria responsável, a situação já está em fase final de avaliação e ajuste orçamentário. Portanto, logo o pedido dos estudantes, arquitetos e pedestres que deverá ser atendido. “Nosso desejo é que a obra fique pronta ainda este ano para comemorarmos nossos 125 anos, mas queremos pelo menos que ele comece”, afirmou Ardisson.

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