A pequena ponte de madeira sobre o córrego da Vila Formosa, na Rua Theóphilo Mansur, Novo Mundo, foi local de mais um assassinato. Samuel Nonato de Souza, 23 anos, era usuário de drogas e, por conta disso, pode se tratar de mais um dos homicídios ligados ao tráfico, que formam pilhas nas delegacias. Somente neste ano, são mais de 800 assassinatos e, de acordo com as autoridades, cerca de 80% deles têm relação com as drogas.

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Samuel poderia ter entrado para a estatística dos homicídios há alguns meses, quando sofreu um atentado, na mesma ponte. Porém, se recuperou. Na tarde de segunda-feira, levou um tiro nas costas e morreu horas depois, no Hospital Evangélico. Testemunhas viram o atirador fugir em um Astra preto, mas a Delegacia de Homicídios ainda não tem pistas do assassino. O pai da vítima confirmou à polícia que o filho era usuário de drogas. Ele não sabe se Samuel continuou sendo ameaçado após o atentado ou se tinha dívidas com traficantes.

Perigo

A ponte onde aconteceu o crime é apontada pela vizinhança como ponto de venda de drogas. Nos últimos meses, pelo menos outras duas pessoas foram assassinadas nas proximidades. No último dia do ano passado, um homem foi baleado no local e morreu dois meses depois, no Hospital do Trabalhador. Em fevereiro, Luiz Rosa da Luz, 30, levou vários tiros e morreu dias depois, no Hospital Evangélico.

Já são 800 assassinatos

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Com o assassinato de Samuel, são 800 no ano. Em Curitiba, ocorreram 342 mortes, em 50 bairros. Na região metropolitana, foram 458, em 21 municípios. São 74 mulheres e 726 homens assassinados. Na pesquisa, estão incluídos todos os assassinatos classificados pela Secretaria da Segurança Pública como homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e morte em confronto com a polícia. No ano passado, essa marca foi alcançada em 17 de junho.