A quinta-feira (22) de treinamento no Rio de Janeiro começou cedo, antes mesmo das 6h, e só terminou na madrugada desta sexta-feira (23). O penúltimo dia foi puxado. Até de uma simulação de sequestro os jornalistas participaram.
Do quartel do Exército, fomos levados a um centro de instrução para aprendermos técnicas de como andar em uma área minada lidando da melhor forma possível com o imprevisível. Nossas equipes aprenderam a encontrar os artefatos escondidos e saber se devemos ou não seguir caminhando por uma região quando não conhecemos o local.
A segunda parte da manhã foi ainda mais complicada: entramos numa sala para sentir na pele o gás lacrimogêneo. Muito comum nas manifestações registradas ultimamente, o gás tem um efeito que complica até mesmo a respiração. Nós aprendemos que, com o equipamento necessário, conseguimos atuar de forma eficaz na cobertura jornalística.
Logo depois do almoço ao ar livre, que foi uma quentinha bem saborosa, veio a demonstração de tiros. Muita gente se impressionou com a capacidade de efeito de perfuração das munições.
Coletes e capacetes
Se enganou quem pensou que depois do almoço o dia de curso tinha acabado. Para as outras atividades, foi preciso o uso de colete balístico muito resistente e capacete.
Fomos levados a uma região montada especialmente para que, com espírito de equipe, colocássemos em prática tudo o que aprendemos nessa semana. Mas antes…como bons correspondentes de guerra, recebemos a ração do Exército para repor as energias. Aprendemos como esquentar e ali mesmo comemos.
Em equipe
A noite, no local totalmente desconhecido, passamos por uma oficina com quatro etapas. Tivemos que atuar em primeiros socorros, também participamos de uma demonstração real em um cenário de guerra.
Em outro momento, sofremos uma emboscada que imitou o que acontece com jornalistas em todo o mundo. Por fim, tivemos que sobreviver em meio aos tiros e sem deixar de registrar nada.
Os aprendizados que tivemos nessa semana, certamente não serão só úteis para o nosso dia a dia na profissão. Todos, com certeza, saíram do Rio de Janeiro com uma visão diferente do que já tinham sobre a vida.
