O júri popular do ex-policial penal Jorge Guaranho, réu de homicídio duplamente qualificado pelo assassinato de Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, vai ocorrer nesta terça-feira (11), em Curitiba.
O crime ocorreu em julho de 2022, quando Marcelo comemorava o aniversário de 50 anos de idade com uma festa temática do Partido dos Trabalhadores (PT). No local, ele foi baleado pelo ex-policial, simpatizante do então presidente Jair Bolsonaro. A cena foi gravada por câmeras de segurança. A vítima chegou a revidar os tiros, foi atendida e morreu um dia depois.
O primeiro julgamento deveria ter acontecido em 7 de dezembro de 2023, mas foi adiado. Depois, foi remarcado para o dia 4 de abril de 2024, mas o júri foi suspenso depois de a defesa do ex-policial penal abandonar o plenário. O réu não chegou a ser ouvido.
Ainda em 2024, o julgamento foi remarcado para 2 de maio, sendo novamente suspenso atendendo ao pedido da defesa de Guaranho, que propôs a mudança de local local do júri de Foz do Iguaçu para Curitiba, argumentando que a realização do julgamento na cidade onde ocorreu o crime possibilitaria o risco de parcialidade dos jurados convocados.
Relembre o caso

Na investigação, foi apurado que o ex-policial penal estava em um churrasco, quando ficou sabendo da festa de Marcelo por meio de uma outra pessoa, que comentou da decoração.
Ao chegar no local, Jorge e Arruda tiveram uma discussão e o aniversariante o expulsou do local, atirando um punhado de terra contra o carro dele. Dez minutos depois, o policial voltou para a festa, armado, e disparou contra Marcelo, que revidou usando a arma que portava. Segundo a polícia, Guaranho fez três disparos, e Arruda revidou com 13 tiros.
Jorge foi internado no Hospital de Foz do Iguaçu, e quando teve alta, foi encaminhado ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, onde ficou preso até setembro 2024. Atualmente, Guaranho cumpre prisão domiciliar.
