Quem pensa em decorar a casa para o Natal, em Curitiba, e ainda tem que comprar enfeites deve se apressar. Por causa da pandemia, a renovação dos estoques de mercadorias como pinheirinhos, bolinhas, luzinhas e outras decorações não ocorreu como em anos anteriores. As lojas renovaram cerca de 50% do estoque. Os preços das árvores variam: tem mini árvore de 20 centímetros sai por R$ 4,75 e pinheiro de 3 metros chegando a R$ 800 em Curitiba
Um dos locais tradicionais na capital para compras de enfeites e embalagens com motivo natalino é a Avenida Sete de Setembro, nas lojas próximas do Mercado Municipal, no Centro. Faltando cerca de um mês para o Natal, o movimento de consumidores tem sido constante por lá e costuma se intensificar nos fins de semana.
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O empresário Eduardo Bartel, 38 anos, da loja Sete Festas, explicou que o estoque menor e a grande procura por itens de Natal já provoca a falta de algumas mercadorias. Árvores de Natal, o famoso pinheirinho, já quase não tem mais. “Foi rápido o estoque. Mesmo as árvores maiores, que são um pouco mais caras, saíram quase todas. Ainda temos uma ou duas dessas”, disse o empresário.
Ainda de acordo com ele, as famílias que ficaram mais em casa, por causa da pandemia, querem deixar o ambiente mais bonito para as festas de fim de ano. “Não tinha como prever. No momento de decidir o estoque, estávamos no início da pandemia, com muitas incertezas. Mas, por exemplo, as embalagens com motivo natalino temos estoque e tem sido o nosso forte neste ano”, explicou Bartel, que aposta nas promoções.
Na Sete Festas, uma árvore de Natal chamada invertida, de seis polegadas, custaria em média R$ 600, mas está saindo por R$ 390. Uma coroa armada com motivo natalino, de cerca de 1,2 metros, sai por R$ 220. E um pinheirinho com 3 metros de altura custa R$ 800 na promoção. “O preço normal seria quase R$ 1,7 mil”, destaca uma vendedora da loja. Produtos como luzinhas e decorações não foram o foco da loja neste ano. Segundo a Sete Festas, a maioria das lojas vai começar a se planejar para o ano que vem, conforme o resultado econômico deste final de ano.
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André Apolinário, 41 anos, da Comercial Embalagens, loja que fica quase em frente da Sete Festas, vai na mesma linha de raciocínio em relação aos estoques. “As compras desses produtos são feitas em feiras, que ocorrem no início do ano. Depois, os produtos decorativos começam a sair no mês de novembro. Com a pandemia, nosso planejamento para este ano foi diferente, pensando no risco”, conta Apolinário. A loja investiu somente 50% do que normalmente fez em anos anteriores.
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Embora o estoque seja menor, diferente um pouco da concorrente, na Comercial Embalagens o consumidor encontra itens de decoração. Vão desde produtos mais delicados e com preço mais salgado até luzinhas, pinheirinhos e enfeites. Um Papai Noel de mesa que está dentro de uma arandela iluminada, com neve caindo, custa cerca de R$ 460. Já uma mini árvore de 20 centímetros sai por R$ 4,75. As luzinhas brancas, com 100 leds, têm preço médio de R$ 26. Um Papai Noel de mesa cheio de estilo, segurando uma bola de futebol, está custando cerca de R$ 50. Já as bolinhas de Natal de 8 centímetros custam em média R$ 25 o jogo com quatro unidades.
“Ainda tem. Mas se você observar, as árvores estão acabando. Em outros anos, costumávamos montar um mostruário de pinheirinhos de todos os tamanhos, que iam do início ao fim do corredor. Hoje, tem menos. Infelizmente, nosso planejamento teve que ser assim”, aponta Apolinário.
De acordo com ele, o consumidor desse tipo de item faz as compras em novembro. É a característica. “Sim. É o mês que eles decoram a casa. Dezembro fica mais para a compra dos presentes. Por isso, quem ainda vai decorar, não deve deixar para a última hora. Mas não é por uma questão que o comércio queira vender. É que neste ano há poucos produtos no mercado, de uma forma geral”, explica o empresário, que destaca o aumento no movimento. “Nos últimos dias, tem crescido para esse tipo de compra. Até este próximo fim de semana ainda deve aumentar por aqui, pela região. Esperamos conseguir atender a todos, mas também temos que ser realistas”.
Pandemia
Curitiba está em bandeira amarela de alerta contra o contágio do coronavírus (covid-19). Com isso, o comércio atende o consumidor de forma presencial, mas é obrigado a seguir todos os protocolos sanitários exigidos pelos decretos da prefeitura, tanto no comércio de rua como nos shoppings. Para entrar nas lojas, há controle de número de pessoas dentro desses locais, o uso de máscara é obrigatório e todos os estabelecimentos devem oferecer álcool em gel. Alguns locais, inclusive, exigem medição da temperatura corporal.
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