Irmandade do crime

Irmãos mataram pedreiro por causa de um botijão de gás

A briga por um botijão de gás foi o motivo alegado pelos irmãos Marsley e Marllory Maciel da Silva, de 20 e 22 anos, para matar o mestre de obras José Carlos da Silva, 40, na noite de terça-feira, em Campo Largo. O crime foi por volta das 21h20 na casa da namorada de José Carlos, na Rua José Reni Andrade dos Santos, Cercadinho. Os irmãos foram presos no final da manhã de ontem (24) e confessaram o crime sem demonstrar arrependimento.

De acordo com o superintendente Juscelino Bayer e o investigador Gogola, da delegacia local, a namorada da vítima contou que José Carlos morava com os irmãos, mas José Carlos se mudou para a casa dela, há cerca de 15 dias. Os irmãos não teriam gostado de ser “abandonados” e foram tomar satisfações e mataram a vítima a tiros.

Gás

Na versão dos detidos, eles brigaram, porque José Carlos queria levar um botijão de gás. “A gente discutiu e José Carlos pegou uma faca da pia da cozinha e tentou me esfaquear”, afirmou Marsley. Depois da confusão, o mestre de obras voltou para a casa da namorada, onde, para sua surpresa, recebeu a visita dos amigos e convidou os dois a entrar.

Sem muito discutir, Marsley mandou o irmão atirar no mestre de obras, com o revólver calibre 38, apreendido no momento da prisão. Os irmãos não só confessaram o crime como fizeram graça. “Estou com fome. Eu estava indo almoçar e “cês” me prenderam”, disse um deles rindo. Os irmãos foram autuados em flagrante por homicídio e disseram não estar nem um pouco arrependidos do crime.

Antecedentes

Marllory foi preso em 2008, por porte de arma, e, no ano passado, por roubo, junto com seu irmão. Entre as duas prisões, arranjou confusão com traficantes em Campo Largo e levou 16 tiros de calibres 38 e 40, o que obrigou a amputação de uma das pernas. Ao ser questionado se ele havia se vingado de quem atirou, Marllory negou, mas sorriu com o canto da boca. José Carlos também já tinha antecedentes criminais. Em julho de 2008, ele foi preso em Colombo, com sua esposa, Janete Aparecida Orbach, suspeito de terem agredido até a morte sua enteada Amanda Orbach Pereira, 2 anos, filha de Janete.

Segundo apurado na época, o casal costumava bater na criança, que, naquele dia, passou mal. O casal levou Amanda a um pronto-socorro, onde ela chegou morta. Os médicos chamaram a polícia e José Carlos e Janete ficaram três anos e meio presos.

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