A investigação quanto a morte do bebê Thiago Rocha, de apenas dois anos, em Londrina, na região norte do Paraná, vai ter participação do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba. O menino ficou desaparecido por seis dias, mas seu corpo foi encontrado nesta sexta-feira (16), em Ribeirão Três Bocas, região rural de Londrina.
A principal linha de investigação da polícia seria de que os pais teriam deixado a Thiago Rocha no Parque Daisaku Ikeda, onde ele foi visto pela última vez no sábado (10). Thiago estava com a mãe e o namorado dela no parque, que está desativado desde 2016, ou seja, tem a entrada proibida.
No depoimento para a polícia, o casal relatou que deixou o menino no carro e que só perceberam a ausência quando estavam retornando para casa. Ao voltar ao parque, o casal não encontrou Thiago. A partir daí, uma força conjunta foi criada para encontrar o bebê. O trabalho foi feito por ar, com auxílio de um drone; terra, com cães farejadores e pela água, com equipes de mergulho.
Sem sinais de violência
Em um exame preliminar, o chefe adjunto do IML de Londrina relatou que menino não foi violentado, já que, em princípio, não tinha nenhum tipo de fratura.
“Essa perícia identificou a ausência de sinais de violência. Agora, faremos exames complementares em Curitiba que vão confirmar a causa da morte. Nessa análise vamos verificar, por exemplo, se há algum vestígio no pulmão que pode sugerir que o bebê tenha se afogado”, disse Maurício Nakao, em entrevista para a RPC. Esse laudo do IML de Curitiba deve ficar pronto em 10 dias.
Para o delegado João Reis, responsável pela investigação em Londrina, nenhuma possibilidade sobre o que ocorreu está sendo descartada. “Todas as possibilidades são analisadas, não descartamos nenhuma. Ela pode ter sido jogada ou pode ter acontecido um descuido, que consideramos como a principal linha de investigação. Pelo parque ser um lugar escuro, a criança pode ter caído no rio”, comentou o delegado para a emissora de televisão.
Ameaças contra o casal
Após a confirmação da morte de Thiago, a mãe e o namorado passaram a receber ameaças nas redes sociais, segundo o advogado Fernando de Souza, que representa o casal. “Não há indícios de que eles tenham cometido um crime. Os dois estão sendo ameaçados pela internet, recebendo mensagens de que serão agredidos. O que aconteceu ali pode ter sido um acidente. Vamos aguardar novas informações que o inquérito pode trazer”, alegou o advogado do casal.