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Inflação em Curitiba supera índice nacional e é a maior disparada entre as capitais

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Foto: Freepik.

O índice oficial de inflação do país supera a marca de 11%, no acumulado de 12 meses, em 9 das 16 capitais e regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Curitiba (PR) é a metrópole com a maior disparada do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em 12 meses até novembro, o indicador subiu 13,71% na região metropolitana da capital paranaense.

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O dado foi divulgado nesta nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. Até outubro, a variação em Curitiba havia sido de 13,48%.

A segunda maior alta acumulada até novembro foi verificada na Grande Vitória (ES). O avanço dos preços alcançou 12,26%.

Porto Alegre (RS) aparece na sequência. Em 12 meses até novembro, a região metropolitana da capital gaúcha teve IPCA de 12,10%.

As demais metrópoles com inflação acima de 11% são Campo Grande (12,07%), Rio Branco (11,64%), Fortaleza (11,63%), São Luís (11,26%), Recife (11,02%) e Goiânia (11,01%).

Esses nove locais registraram IPCA superior à média nacional. Conforme o IBGE, a inflação acumulada até novembro chegou a 10,74% no Brasil. Trata-se do maior avanço em 12 meses desde novembro de 2003 (11,02%).

A escalada da inflação preocupa analistas porque não se esgota em 2021.

O economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), afirma que a alta acumulada ao longo deste ano também terá impactos em 2022. É que diferentes tipos de contratos e serviços são reajustados de acordo com a inflação.

“Existe uma indexação muito grande na economia. A inflação deste ano é jogada para o próximo em contratos e salários”, diz.

“Os combustíveis, que vêm subindo muito, geram uma expectativa de aumento no transporte público de passageiros em 2022, por exemplo. Isso pode jogar mais lenha na fogueira. O avanço desses preços vai depender de quanto as prefeituras vão conseguir apaziguar, por meio de subsídios”, completa.

O mercado financeiro projeta IPCA de 10,18% no acumulado de 12 meses, até dezembro de 2021, de acordo com a mediana do boletim Focus, divulgado pelo BC (Banco Central).

O número está bem distante do teto da meta de inflação perseguida pela autoridade monetária. O teto neste ano é de 5,25%.

Para 2022, a projeção do mercado é de alta de 5,02% no IPCA em 12 meses. A estimativa também está acima do teto da meta, fixado em 5% no próximo ano.

“A gente espera uma convergência só em 2023. Existem alguns choques persistentes na inflação, e há uma demanda represada. Alguns reajustes ainda não vieram em razão da pandemia, como na área de educação”, analisa Mirella Hirakawa, economista sênior da gestora AZ Quest.

Sete das capitais pesquisadas pelo IBGE tiveram IPCA acumulado até novembro em nível abaixo do nacional. Belém (PA) teve a menor marca em 12 meses: 8,7%.

A segunda menor variação ocorreu no Rio de Janeiro (9,57%). Em São Paulo (SP), a taxa foi de 10,02%. É a terceira mais baixa da pesquisa, embora esteja em dois dígitos.

*

INFLAÇÃO ACUMULADA EM 12 MESES

Até novembro, em %

Curitiba (PR) – 13,71

Grande Vitória (ES) – 12,26

Porto Alegre (RS) – 12,1

Campo Grande (MS) – 12,07

Rio Branco (AC) – 11,64

Fortaleza (CE) – 11,63

São Luís (MA) – 11,26

Recife (PE) – 11,02

Goiânia (GO) – 11,01

Salvador (BA) – 10,65

Belo Horizonte (MG) – 10,43

Aracaju (SE) – 10,12

Brasília (DF) – 10,06

São Paulo (SP) – 10,02

Rio de Janeiro (RJ) – 9,57

Belém (PA) – 8,7

Fonte: IBGE

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