Manifestantes fecharam a BR-277, em São José dos Pinhais, no final da tarde desta terça-feira (06), para pedir a instalação de uma passarela de pedestres no local.
O protesto foi motivado por causa de um atropelamento que aconteceu no domingo (4), provocando a morte de Cristiane da Silva Gomes, 44 anos, na altura do quilômetro 74 da rodovia.
“Perdi minha mãe”
“A gente quer uma passarela para evitar mais mortes . Para evitar que outros filhos passem o que eu meu irmãos estamos passando agora”, disse Katlyn Ladiane Gomes, filha da mulher atropelada.
“Ninguém respeita ninguém nesta BR. No domingo eu perdi minha mãe. Um indivíduo bêbado atropelou minha mãe. Veio com o faróis apagados, matou e foi embora”, lamentou.
A mãe de Katlyn foi enterrada nesta terça (06). E foi exatamente onde ela foi atropelada que os manifestantes bloquearam as pistas, queimando pneus. O trânsito ficou impedido em ambos os sentidos por pelo menos duas horas, formando 10 quilômetros de congestionamento sentido litoral e outros três quilômetros sentido Curitiba.
O situação complicou, já que por ser véspera do feriado e muita gente já havia pego a estrada para aproveitar o descanso no litoral.
A Polícia Rodoviária Federal acompanhou o protesto e negociou com os moradores, conseguindo a liberação das duas pistas por volta das 20h50.
Evitar novas mortes
Luana da Silva Silveira irmã da vítima disse que embora a questão tenha atingido a sua família, o assunto interessa a todos os moradores da região. “Não é só pela morte da minha irmã, muita gente já morreu aqui. A gente só quer uma passarela. O Sr. Raul da Ecovia não cumpriu o acordo, cadê a passarela”, cobrou.
Outro morador ouvido pela reportagem Tribuna disse que a situação ali é de extremo perigo. “Eles tinham que mandar alguém vir cedo aqui para ver quanta gente tem que atravessar a rodovia”, disse Pedro Piana. “Eu sou um sobrevivente, tive mais sorte do que esta senhora”, comentou, se referindo à vítima.