O fenômeno climático La Niña continuará a produzir o efeito de poucas chuvas de fevereiro a abril na região Sudeste da América do Sul, inclusive Curitiba. A Sanepar já começa a registrar tendência de queda nos níveis dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC), que amanheceram nesta terça-feira (9) com 48,53%.
As informações sobre o La Niña foram divulgadas por agências meteorológicas internacionais. De olho nessas previsões, que indicam chuvas abaixo da média durante todo o outono, o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky, afirma ser imprescindível manter o uso racional da água e o rodízio no sistema de abastecimento da RMC.
O índice do Meta 20 (que estimulava como alvo uma economia individual de 20% no consumo de água para evitar um rodízio mais severo) fechou janeiro em 18%.
O registro de chuvas 70% acima da média em novembro evitou a adoção de um rodízio mais severo. No entanto, em dezembro, as chuvas foram de 20% acima da média; e em janeiro, de apenas 5%. “Chuvas na média não recuperam reservatórios, principalmente por causa do déficit hídrico acumulado”, destaca Julio.
Dados do Simepar indicam que de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021 choveu 1.091 milímetros, 346 a menos do que a média histórica para o período. “Para que os reservatórios cheguem a 60% em março, teríamos que ter chuvas de 70 mm a cada 10 dias desde o início deste mês. Infelizmente o cenário é desfavorável”, diz o diretor.