Contra o calor de mil graus, de derreter vidros, mais de 30 bombeiros lutaram para combater o incêndio que destruiu totalmente um dos barracões da Realfix Indústria e Comércio de Tintas e Vernizes, na esquina das Ruas Paranavaí e Loanda, em Pinhais.
O fogo, de causa desconhecida, começou por volta das 18h e só foi controlado duas horas depois. A maior preocupação dos bombeiros foi isolar um prédio, onde estavam estocados tanques mais de 40 mil litros de tíner, solvente, etanol e outros produtos inflamáveis.
O vento forte alastrou as chamas que, por pouco, não atingiram duas residências de madeira, as únicas existentes na mesma quadra, que abriga ainda a indústria Sany do Brasil (que produz material sanitário) e a Le Nutritiff (de alimentos congelados).
Vários caminhões que estavam estacionados no pátio da Le Nutritiff foram retirados às pressas por vizinhos, já que a indústria, a exemplo das demais, estava fechada e sem funcionários.
Desespero
Moradores ficaram desesperados com a fumaça densa e negra que podia ser vista a quilômetros. Por ser área industrial, todos sabiam dos riscos de explosões. Muitas aconteceram no barracão, cujas paredes laterais ruíram. Tudo o que estava dentro foi consumido pelas chamas, inclusive veículos, segundo bombeiros.
Policiais militares isolaram o quarteirão, mas muita gente desrespeitou a ordem de parada. Inclusive um motorista tentou passar ao lado da indústria, mas foi contido por populares, que alertavam para o perigo. Ele insistiu, dizendo que era policial e depois, irritado, saiu do carro e agrediu alguns populares.
Peritos do Instituto de Criminalística deverão tentar apurar a causa do incêndio. Ademir Silvério, 35 anos, que ia visitar o irmão, foi um dos primeiros a perceber a fumaça e telefonar para os bombeiros. “Eu sei o que tem nesta fábrica e do perigo que um incêndio representa aqui.”