Investimento

Inaugurada fábrica de motores da Fiat na RMC

A aliança das montadoras Chrysler e Fiat, fechada no ano passado, está produzindo frutos no Paraná. A antiga fábrica da Tritec Motors, em Campo Largo, que produzia motores para a Chrysler e a BMW, mas foi desativada em 2007, voltou a funcionar, silenciosamente, em fevereiro deste ano, quando a FPT, empresa do Grupo Fiat, reativou as operações no local.

Ontem, a unidade, que já recebeu investimentos de R$ 250 milhões e tem capacidade inicial para produzir 330 mil motores por ano, foi oficialmente inaugurada.

A cerimônia contou com a presença de executivos mundiais da Fiat, autoridades locais, estaduais e nacionais, e os cerca de 350 colaboradores da empresa – muitos deles, inclusive, estavam entre os que perderam o emprego quando a Tritec fechou as portas.

Até 2012, quando atingir sua capacidade máxima de produção, de 400 mil motores por ano, a empresa pretende gerar aproximadamente 500 empregos diretos no total, e 1,5 mil indiretos.

O presidente mundial da FPT, Alfredo Altavilla, afirmou que a escolha do Paraná para sediar a nova unidade da empresa levou em conta o alto grau de qualificação profissional, que considera um dos maiores do País, bem como a boa infraestrutura da região, com boa malha rodoviária, próxima à rede ferroviária, ao aeroporto Afonso Pena e ao Porto de Paranaguá. Isso, segundo ele, permitirá que 40% da produção da planta seja destinada ao mercado externo.

O presidente do Grupo Fiat no Brasil, Cledorvino Belini, disse que a empresa está francamente otimista com o futuro do País, ao justificar o investimento na nova unidade. Com a fábrica produzindo, o Grupo aumenta em 20% sua capacidade de produção de motores no Mercosul, que agora chega a 2,5 milhões de unidades por ano.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, ressaltou a confiança que o Grupo Fiat e “outras centenas de empresas” estão tendo no Brasil, no momento, e destacou que o setor automotivo deve investir mais R$ 24 bilhões no País, até 2015.

Apesar da qualificação profissional ter contado pontos a favor do Estado na escolha do local da fábrica, o governador Orlando Pessuti admitiu a necessidade do Paraná, que nos últimos anos se tornou um dos maiores polos da indústria metal-mecânica do País, sediar um ainda inédito curso universitário de Engenharia Automotiva.