“A cena que encontramos foi lamentável, muito triste mesmo”, assim definiu Marcelo Pereira, um dos socorristas que ajudou a salvar uma idosa de 70 anos que foi atacada por um cachorro. A investida do animal aconteceu na noite deste sábado (6), na Rua Professora Maria Isabel Zen Zagonel, no bairro Afonso Pena, em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O cão teve que ser sacrificado.
O socorrista, que pertence a um grupo de resgate voluntário, o Parceiros da Vida, que presta apoio aos bombeiros, contou que as equipes dos bombeiros foram acionadas pelos vizinhos. “Quando nós chegamos, o cachorro ainda estava atacando a idosa. Alguns vizinhos tentavam chamar a atenção dele, mas foi em vão”.
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Na tentativa de tirar o cão de cima da mulher, os bombeiros usaram uma lança de ferro, porque o bicho estava muito agressivo. “Nisso conseguiram que ele se afastasse um pouco e, por sorte, passava uma viatura da Guarda Municipal (GM) bem na hora, foi o que ajudou os bombeiros”, contou Marcelo.
Pela gravidade dos ferimentos, os socorristas não tiveram nem muito tempo no atendimento. “E também não tinha muito que fazer. Acionaram o médico do Siate e ela foi encaminhada às pressas ao Hospital Cajuru. Estava muito, mas muito machucada, com suspeitas de comprometimento no rosto todo. Até lesão na língua teve”, disse Marcelo.
“O couro cabeludo da idosa estava inteiro no chão, globo ocular também todo comprometido, maxilar exposto. Uma cena de filme de terror”, lamentou o GM Flasmo, que também ajudou no resgate. Segundo o GM, o cão tinha saído de perto da idosa, mas tentou atacar de volta. “Foi nesse momento em que tive que atirar para que ele fosse contido, se não aconteceria o pior”, concluiu o guarda.
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O cão, que era de raça mestiça, era até maior que um pitbull, conforme o socorrista Marcelo Pereira. “Era um cachorro grande, um pouco maior que o pitbull, e estava muito agressivo mesmo. Como a idosa estava sozinha na casa, não sabemos ao certo se o bicho estava na família há muito tempo ou não”.
Segundo o GM, até a informação passada pelos vizinhos se contradiz. “Há quem diga que a família criava desde pequeno, mas também teve gente que nos disse que o cão estava com eles há pouco tempo. De qualquer jeito, era um cão muito agressivo que, indiferente do tempo que estava com a família, desfigurou o rosto da idosa”, comentou Flasmo.
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