A família da pensionista Edilene Boamorte, 76 anos, está indignada com o tratamento que ela recebeu na Unidade de Saúde do Pinheirinho, em Curitiba. Segundo o seu neto, Luciano Sampaio de Souza, ela deu entrada às 10h de sexta-feira no posto de saúde e, até as 18h de ontem, a pensionista ainda não havia sido transferida para um hospital. Para piorar a situação, não foi disponibilizado um espaço onde ela pudesse passar a noite.
Boamorte conta que estava bastante cansada por ter que passar a noite sem um mínimo de conforto. “A minha situação é um pouco delicada, pois corro risco de hemorragia. Meu neto até sugeriu de me levar para sua casa, mas foi orientado a não fazer isso. Meus pés estão inchados, estou cansada e estressada”, reclama.
Sampaio de Souza afirma estar indignado com esta situação. “Sinto-me desvalorizado como pessoa. É um grande descaso com a gente”, diz. A assessoria de imprensa da prefeitura de Curitiba informou que a pensionista teve acompanhamento médico neste período e que foi constatado que seu caso não era de emergência.
Foi explicado que a demora aconteceu porque não havia sido liberada uma vaga no Hospital da Cruz Vermelha. Ainda assim, a secretária municipal da Saúde, Eliane Chomatas, diz que vai acompanhar de perto este caso.
