Saiba como ajudar

Idealizado por uma técnica de enfermagem, “Mãos que ajudam” atende mais de 3,6 mil famílias na grande Curitiba

Grupo “Mãos que ajudam” nasceu na pandemia e precisa da sua colaboração pra prosseguir
O grupo solidário "Mãos que ajudam" já atendeu mais de 3 mil famílias. E para continuar ajudando, eles precisam de sua ajuda!

A técnica de enfermagem Tânia Cristina Soares, de 42 anos, pensou que poderia fazer pela sociedade que apenas dar um cuidado especial aos seus pacientes. Há cerca de um ano, Tânia iniciou o projeto “Mãos que ajudam”, que oferece doações de alimentos, roupas, assistência jurídica, psicológica e médica.

A inspiração de Tânia veio com as ações de prevenção dentro da unidade de saúde onde trabalha, como as do Outubro Rosa e Novembro Azul. Aos poucos, ela foi chamando a comunidade para ajudar na organização de eventos e levou o projeto para as ruas. Hoje, o projeto conta com 250 colaboradores, que atendem pelo menos 3,6 mil famílias.

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Pedido de ajuda!

Na medida em que o trabalho social foi crescendo, os desafios também aumentaram. Sem ajuda governamental, eles contam com doações de vizinhos, amigos, parentes, pequenos comerciantes locais e pessoas dispostas a contribuir.

“Eu já fazia um trabalho de atendimento diferenciado, conversando com as pessoas que chegavam até mim. Eu chamava a comunidade para colaborar nas ações que eram realizadas pela Saúde do município. Mas começou a crescer tanto dentro da unidade de saúde, que lá dentro as pessoas começaram a me procurar para fazer doações. E quando fomos para as ruas, o número só foi crescendo. Estamos numa proporção muito grande e precisamos de ajuda para divulgar e conseguir mais pessoas para nos ajudar. Precisamos ajudar mais pessoas”, explica Tânia.

O grupo conta com ajuda de profissionais para orientação jurídica, apoio médico e psicológico, que atendem de forma presencial e por telefone de forma gratuita. “Contamos com o apoio de profissionais que não cobram nada para atender as famílias carentes. Queremos acolher pessoas em grupos da própria comunidade. Convidamos a comunidade a participar e ajudar a evoluir o grupo”, revela.

Grupo “Mãos que ajudam” nasceu na pandemia e precisa da sua colaboração pra prosseguir
O grupo solidário “Mãos que ajudam” já atendeu mais de 3 mil famílias. E para continuar ajudando, eles precisam de sua ajuda! / Foto divulgação

Tânia Cristina também reforça que há vários modos de contribuir. Um deles é a doação de brinquedos e livros que serão entregues no Natal para as crianças carentes. “Nossas colaboradoras são incentivadas por nós. Elas restauram as bonecas, higienizam e embalam. “Usamos o empoderamento feminino. Incentivamos nossas colaboradoras. Elas são encorajadas, ganham autoestima e ainda ajudam o próximo. Temos uma meta de 3 mil brinquedos para o Natal, no momento temos só 500. Precisamos de mais doações”, afirma.

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Trabalho sério

O trabalho tem um rígido controle na hora da distribuição dos donativos para garantir que todas as famílias sejam atendidas. O grupo também realiza visitas à comunidade para verificar qual a realidade dos necessitados. “Desde o início da pandemia, a cesta básica foi um start para que a comunidade ajudasse. Com as pequenas doações que chegam nós montamos as cestas e já conseguimos entregar mais de 4 mil cestas básicas desde o início da pandemia com a força tarefa da própria comunidade e amigos. Todos os dias tem várias pessoas, em vários lugares, contribuindo para que o projeto prossiga, mas ainda não é o suficiente”, desabafa.

Atualmente o grupo, atende as regiões dos bairros Boqueirão, Xaxim e Cajuru, em Curitiba, e também na região metropolitana como Fazenda Rio Grande, Piraquara, São José dos Pinhais, em comunidades carentes.

“Não temos restrições para atender outras regiões, mas precisamos de recursos para isso. Não queremos ser um grupo assistencialista, mas vamos orientar e queremos que as pessoas ajudem a mover, participar do grupo. É importante que quem peça ajuda, entenda que elas também precisam ajudar. Queremos tirar a parte do egoísmo e incentivar a pessoa a ajudar o próximo que também necessita”, completa.

Tudo por R$ 1

As “brechozeiras”, como são conhecidas, são voluntárias da própria comunidade e se reinventaram durante a pandemia criando uma oportunidade de fonte de renda com o bazar que beneficia não só as próprias colaboradoras, mas também toda comunidade.

No bazar, a comunidade encontra peças de roupas pagando apenas R$ 1 real e, de quebra, ajudam as famílias carentes. As vendas acontecem na garagem da sede do projeto, que fica no Jardim das Américas.

O bazar todas as terças e quintas, das 14h às 17h, e também pelo Facebook, com lote de 125 peças de roupas a R$ 50.

As doações podem ser feitas de forma presencial (todos os dias da semana) na sede que fica localizada na Rua José de Mello Braga Junior, 383, Jardim das Américas, entre o Shopping Jardim das Américas e a Coca-Cola.

Para quem deseja contribuir em dinheiro, o número do PIX é: (41) 99651-9856

Em caso de estar impossibilitado de levar a até o local, uma equipe poderá fazer a coleta na residência. Para isso, precisa entrar em contato pelo telefone: (41) 99651-9856.

Serviço

Facebook: https://www.facebook.com/VoluntariosMaosQueAjudam
Site: https://www.voluntariosmaosqueajudam.com.br/

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