Litoral

Por que as obras em Matinhos pararam? Ibama explica o motivo

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Foto: IAT-PR / divulgação.

Na última semana, a Tribuna publicou uma matéria sobre a paralisação de 600 metros da obra – que faz parte do grande projeto de engorda e revitalização da orla de Matinhos – entre a região de Praia Grande e o Balneário Flórida, suspensa desde dezembro de 2022, após determinação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A obra, que começou em junho de 2022, foi licenciada pelo Instituto Água e Terra (IAT). O projeto não precisou passar pelo Ibama por conta do tipo de licenciamento de corte de vegetação, que foi classificado como inicial, devido ao tamanho e tipo das espécies.

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Foi durante a execução do projeto que o órgão questionou e suspendeu a continuação da obra. Por meio de nota enviada para a Tribuna, o Ibama explicou os motivos que determinaram o embargo das atividades na restinga do trecho.

De acordo com o órgão, a informação técnica do IAT classificou a vegetação da espécie Dalbergia ecastaphyllum como estágio inicial. Entretanto, o Ibama discorda da classificação, pois “as áreas de restinga na orla de Caiobá constituem-se de um mosaico de áreas, onde encontram-se fragmentos de maior diversidade e outros com baixa diversidade.”

A nota do Ibama também aponta que o IAT não apresentou “nenhum levantamento florístico consolidado da restinga com a listagem completa das espécies e a indicação de parâmetros ecológicos como diversidade de espécies, frequência, densidade, dominância, entre outros.”

Em terceiro ponto, o Ibama afirma que a espécie Clusia fluminensis, que está sendo plantada na orla, é uma planta ornamental nativa de outros estados. Ou seja, não é nativa do Paraná.

O que diz o IAT

Segundo a engenheira florestal do IAT, Aline Canetti, a espécie Clusia fluminensis está sendo usada apenas como cerca viva.

“[A espécie] não foi usada dentro do canteiro do projeto de recuperação. Ela foi utilizada como cerca viva, com a intenção de manter a vegetação que está regenerando e criar uma sinalização para evitar acidentes e vandalismo”, afirma a especialista.

Foto: IAT. A imagem mostra a espécie Clusia fluminensis do lado de fora do canteiro da vegetação de restinga.

Ela também explica que a Clusia não tem comportamento de invasora e, por isso, não impacta no desenvolvimento da vegetação de restinga que está inserida no canteiro. O IAT alega que essa espécie só foi escolhida porque a planta semelhante e típica do Paraná não estava disponível em quantidade suficiente nos viveiros.

Sobre a Dalbergia ecastaphyllum, a engenheira diz que a espécie recebeu a classificação de estágio inicial porque adquiriu característica de invasora no trecho em que está. “Ela não deixa desenvolver uma biodiversidade. Nossa ideia é tirar e inserir uma vegetação mais variada nesses canteiros”, conta Aline.

O Governo do Paraná, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), está recorrendo da decisão do Ibama na Justiça.

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