Uma auxiliar de enfermagem da Unidade de Saúde do Bairro Alto foi agredida por um homem de 49 anos que tentava obter um remédio receitado por um médico não cadastrado no Sistema Único de Saúde (SUS). Aos berros, ele invadiu a farmácia da unidade e, segundo o relato da funcionária, tentou estrangulá-la e quebrou os óculos dela.
De acordo com a auxiliar de enfermagem, Ana Luiz Scherruth Pinheiro da Silva, 49 anos, o homem chegou à unidade por volta das 15h30, com uma receita de um médico particular. Os funcionários orientaram que para pegar o medicamento era necessário que o profissional fosse cadastrado pelo SUS. O homem saiu e, depois de cerca de cinco minutos, voltou gritando que queria a medicação. “Eu expliquei novamente que não podíamos fornecer e ele perguntou se era eu quem pagava, me chamou de vaca, vagabunda”, disse a funcionária.
Mesmo com a porta da farmácia trancada, o homem colocou a mão por dentro do vidro e abriu a chave. Conforme Ana, ele entrou e a empurrou contra uma prateleira. “Ele ficou apertando meu pescoço e tentando me estrangular. Eu fiquei tentando me soltar, me desvincular dele, até que entrou uma colega e me ajudou a empurrá-lo para fora”, explicou.
Por alguns minutos, o homem continuou gritando na unidade e ainda empurrou outros usuários. Ele só foi embora depois que alguns taxistas chegaram para ver o que estava acontecendo. Ana contou que a Guarda Municipal foi acionada, mas a equipe chegou 20 minutos depois e o agressor não foi encontrado. Ela fez um boletim de ocorrência da agressão no 5º Distrito Policial e passou por exames no Instituto Médico Legal (IML).
Há 15 anos trabalhando na Prefeitura, Ana comentou que nunca tinha lhe acontecido algo parecido. “Eu estou bem abalada. Não sei como vai ser voltar a trabalhar, por enquanto estou afastada. Estou com medo, porque ele poderia ter me matado”, desabafou.