Wesllen Vitorino de Araújo Silva, de 24 anos, foi condenado a 18 anos de prisão por atacar e matar Samantha Mantovani Muniz, de 35 anos, dentro de um ônibus biarticulado da linha Campo Comprido – Centenário, em Curitiba. O crime aconteceu no dia 24 de março de 2022, quando o veículo passava pelo bairro Mossunguê.
No dia em que o crime aconteceu, Silva estava discutindo com outro passageiro. Samantha interviu para tentar separar a briga e foi atacada pelo réu com golpes de canivete. A vítima morreu no local.
LEIA TAMBÉM:
>> Baleia gigante é encontrada morta em praia do Litoral do Paraná
>> Varal improvisado de moradores de rua chama atenção em Curitiba
O julgamento de Silva aconteceu na última segunda-feira (09). Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por homicídio qualificado. O jovem deve cumprir a pena em regime fechado.
Na denúncia, o MPPR sustentou a tese de homicídio qualificado por motivo fútil, que foi totalmente acolhida pelo Conselho de Sentença, rejeitando as teses apresentadas pela defesa de que o homem seria semi-imputável e de que teria agido sob domínio de emoção logo após injusta provocação da vítima.
Silva foi preso um dia depois do crime e seguirá detido para o cumprimento da sentença. A defesa ainda pode solicitar recurso, mas não foi conferido a ele o direito de recorrer em liberdade.
Mãe de mulher morta em ônibus presta depoimento durante julgamento
Eloá de Lurdes, mãe de Samantha, mora no Rio Grande do Sul e viajou até Curitiba para prestar depoimento presencialmente no julgamento. Ela foi recepcionada pelo promotor de Justiça que conduziu o caso e acompanhada durante todo a sessão por uma equipe do Ministério Público que integra projeto piloto da instituição voltado ao atendimento a vítimas de homicídio e seus familiares.
No velório da vítima, a mãe falou sobre o crime. “Vai ser muito, muito difícil, porque depois eu vou olhar pras coisas dela e ela não vai estar mais lá. Vou olhar para os livros que ela gosta a de ler, ela gostava de cantar. A gente morava junto, conversava. A gente as vezes se estranhava, mas isso é normal. Vai ser muito difícil, éramos nós duas só, filha única, éramos nós duas”, disse na ocasião.
Executado por meio das Promotorias de Justiça de Crimes Dolosos Contra a Vida de Curitiba, o trabalho de acompanhamento aos familiares das vítimas foi iniciado de forma piloto no final do ano passado, intitulado pelos promotores como Nujuri – Núcleo de Acolhimento a Vítimas de Crimes Dolosos Contra a Vida.