Duas pessoas foram presas na manhã de quarta-feira (17) após uma denúncia de maus-tratos a contra um cachorro encontrado morto, acorrentado e com alimentação estragada, em Fazenda Rio Grande, na região metropolitana de Curitiba. Um vídeo postado nas redes sociais pelo delegado Mateus Laiola mostra os momentos tensos, em que o tutor discute com policiais sobre o descaso e a crueldade com o cachorro, que morreu num dia de extremo calor, acorrentado, ao lado de potes com comida e água podres. Na delegacia, a esposa do tutor também recebeu voz de prisão por desacato aos policiais.
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A ocorrência surgiu após uma denúncia que um casal residente em Fazenda Rio Grande estaria deixando o cachorro acorrentado com comida podre e água suja. Ao chegar no local, policias lotados na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente do Paraná (DPMA), da Polícia Civil, já encontraram o animal morto. Em resposta, o tutor disse que iria colocar água ao cão, quando começou o momento tenso. “Ia colocar às 10h da manhã?? Você está preso. Você está preso”, disse o delegado ao homem.
“Infelizmente o animal está morto, mas a nossa parte de Polícia Civil a gente fez, responsabilizando criminalmente quem deixou o animal naquelas condições. Na delegacia, a esposa desacatou nossa equipe e foi presa”, disse o delegado à Tribuna.
Aumento de pena
No ano passado, aumentou a punição para quem comete maus-tratos a animais. A legislação abrange animais silvestres, domésticos, nativos ou exóticos. A pena prevê reclusão de dois a cinco anos, além de multa e a proibição da guarda do animal vítima.
Antes da sanção da lei, o crime de maus-tratos a animais criada em 1998 previa penalidade de três meses a um ano de reclusão, além de multa.