O cozinheiro e ex-morador de rua Edimilson Fernandes, 41 anos, vai virar filme. Ele já tem um jornalista escrevendo um livro sobre a impressionante história de vida dele, cheia de altos e baixos, porém cheia de foco e objetivo. Mas além do livro, o cozinheiro acabou de receber um convite para que sua história seja contada em filme. A história de Edimilson foi contada pelos Caçadores de Notícias meses atrás.
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Edimilson vai assinar contrato com a Produtora Remo Filmes no dia 8 de julho, às 9h30, no Café Bootleggers, que fica no Mercado Municipal. Foi debaixo das marquises do mercado que Edimilson dormiu, enquanto era morador de rua e, ao mesmo tempo, formou-se no tão sonhado curso de cozinheiro no Senac. Escolheu o Mercado Municipal para assinar o contrato pois, além de ter sido parte de sua vida, é onde parte do filme também será gravado.
Altos e baixos
Edimilson passou por situações (de rua), nas quais se não tivesse um objetivo de vida bem definido, teria se rendido a coisas erradas. Mas o seu sonho de ser cozinheiro era tão forte que resistiu às drogas, ao crime e a outras coisas mais que a rua “oferece” com facilidade. Mesmo vendo tudo isso de perto, ao seu lado, Edimilson se encolhia debaixo do seu cobertor e fingia que não era nada com ele. Tentava dormir, para estar bem no seu curso no dia seguinte (onde ninguém sabia que ele era morador de rua). Só foram descobrir a situação dele perto da formatura.
Porém antes e também depois do curso de cozinheiro, Edimilson passou por diversas situações. Oscilou entre ótimos salários (chegou a ter um emprego de R$ 4 mil mensais) a nada, morando na rua pelo menos duas vezes na vida. Mas ele não desistiu. Teimoso e insistente (atributos que muitos chamam de defeito), ele persistiu e foi atrás dos sonhos. Hoje, trabalha voluntariamente de cozinheiro numa clínica de dependentes químicos, onde dá palestras mostrando que as pessoas devem sempre ter um objetivo e nunca perderem o foco.
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Portanto, o filme não trará “somente” a história do cozinheiro. Deverá ter, também, esta mensagem de autoajuda, para estimular que as pessoas nunca deixem de sonhar.