Há um mês e vinte dias parado sob o muro que o esmagou após uma forte enxurraga, na Rua Lívio Pertelle, no Tingui, em Curitiba, o carro agora começa a ter suas peças roubadas, como mostram imagens enviadas, via WhatsApp, por um leitor do Paraná Online.
Em entrevista ao G1, a dona do veículo disse que, apesar de não ter sucesso, está tentando retirar o carro do local desde o dia 02 de fevereiro, quando a estrutura caiu sobre ele.
“Eu não tenho permissão pra isso. Eu não posso entrar e mexer nem mesmo em algo dentro do meu carro”, explica a dona de casa, Celia Regina Dutzel, que estava dentro do automóvel quando o muro desabou.
Segundo a assessoria da Prefeitura de Curitiba, o município também não pode mexer no carro sem autorização judicial, já que ele está todo regularizado e possui proprietário, além de estar em uma vaga regular de estacionamento.
Em outras palavras, tanto Celia quanto a Prefeitura dependem de que o dono do terreno recolha os escombros que caíram na rua e recomponha a parte do muro que está inclinada, com risco para quem está passando no local. Para tanto, ele foi notificado e corria o risco de ser multado em R$ 3.440,67, caso não retirasse os entulhos.
O dono do imóvel entrou com recurso, porque alega que o muro desabou por conta de uma obra no terreno vizinho, e conseguiu uma liminar, pedindo uma perícia. Dessa forma, o caso sai das mãos da Prefeitura e passa para a Justiça, o que deve atrasar ainda mais a retirada do veículo. Ruim para a proprietária e ótimo para os ladrões das peças.
Até lá, Celia vai ter que esperar para recuperar seu carro – que não tem seguro e está financiado – e os pedestres e motoristas da região têm que conviver com os entulhos sobre a calçada e que invadem parte da rua.
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