Tensão mundial

No Paraná, maior comunidade ucraniana do Brasil vive medo e tensão com a guerra entre Rússia e Ucrânia

Ataques da Rússia contra cidade da Ucrânia. Foto: EFE/EPA/Serviço de imprensa do Ministério do Interior da Ucrânia

A comunidade ucraniana no Brasil vive momentos de apreensão desde a invasão pela Rússia, que ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24), em vários pontos de cidades da Ucrânia. Relatos de mortos dos dois países reforçam a tensão da população mundial de uma guerra sem precedentes. No Brasil, vivem 600 mil descendentes ucranianos, segundo a Representação Central Ucraniano Brasileira. Deste número, 80% vivem no Paraná, em especial em Prudentópolis, União da Vitória e Curitiba.

Eles começaram a chegar no país, no fim do século 19, e os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os que mais concentram a comunidade. No Paraná, são dezenas de grupos folclóricos, escolas e grupos de artesãos nos municípios que não esquecem a origem de um povo educado, atencioso e rico de história.

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Medo e preocupação

Diante da invasão territorial na Ucrânia, o medo de perdas deixou em alerta a comunidade que vive no Paraná. O prudentopolitano e descente de ucranianos, Vitorio Sorotiuk, presidente da Representação Central Ucraniana brasileira, lamenta o atual momento de medo e preocupação que a Ucrânia vive.

“A comunidade ucraniana sofre com essa agressão cruel e brutal da Rússia. Essa agressão não é só contra o povo ucraniano, e sim atinge a humanidade. É o rompimento das regras estabelecidas pelas Nações Unidas com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Pedimos para que cada brasileiro, paranaense e descendente repudie essa agressão. Vamos fazer todos os esforços que seja repelida e que a Ucrânia mantenha seu território integro”, disse Sorotiuk em entrevista ao Bom Dia Paraná da RPC.

Cultura Ucraniana é presente no Paraná:

Fotos: Aniele Nascimento/Arquivo/Gazeta do Povo; Banco de imagens do Folclore Ucraniano Barvinok; Vilson José Kotviski e Divulgação/SMCS

Reuniões com autoridades e ajuda humanitária

Diante de explosões e misseis em várias partes da Ucrânia, os descendentes ucranianos começam a ter dificuldades de acompanhar os meios de comunicação do país. Com a desinformação e as prováveis adversidades de se manter um contato próximo com parentes e amigos que moram em cidades atacadas por russos, a Representação Central Ucraniana irá realizar reuniões virtuais com representantes no Brasil para definir a linha de atuação.

“Iremos fazer reuniões online e decidiremos os passos a se tomar. Já estamos contatando autoridades do Brasil para pedir que repudiem essa agressão. Na sequência, podemos apelar para ajuda humanitárias e todas as formas de manifestação. Não se trata somente de uma ação da comunidade ucraniana, e sim de todos que os povos democráticos que querem viver na fraternidade para que repudiem essa ação da Rússia”, completou o descendente ucraniano que mora em Curitiba desde o começo da década de 1960.

“Dia mais sombrio”, diz Greca

Em seu perfil nas redes sociais, o prefeito de Curitiba Rafael Greca postou sobre o início da guerra na Ucrânia, com as hashtags #PesteFomeGuerraMorte e  #DeusTenhaPiedade . “Os 4 Cavaleiros do Apocalipse em tropel voltam a ameaçar a Humanidade. A História sem paz só piora. Insistamos na Paz, em orações, na Ucrânia, na Rússia, na velha e sofrida Europa ,no mundo e aqui. Deus nos faça instrumentos de Sua Paz. Já chamam o Dia de hoje como o mais sombrio da Europa desde o começo da II Guerra Mundial. Imagem de explosão no front”, escreveu Greca.

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Uma publicação compartilhada por Rafael Greca de Macedo (@rafaelgrecaoficial)

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