Sete meses após a morte do jovem Mateus Noga, 22 anos, o guarda municipal Alessandro Neves Tuso, foi exonerado do cargo na quarta-feira (6). O agente é acusado de atirar no rapaz no Largo da Ordem. A Polícia Civil ainda investiga o caso, e Alessandro, que responde em liberdade, pode ser indiciado por homicídio doloso – quando há intenção de matar. Outras duas pessoas ficaram feridas na confusão do dia 11 de setembro de 2021.
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A decisão de exonerar o guarda municipal foi publicada no Diário Oficial do município e conta com a assinatura do prefeito Rafael Greca. Alessandro foi afastado inicialmente do trabalho de rua, e após a conclusão do processo administrativo na Corregedoria, veio a decisão de afastá-lo definitivamente da corporação.
Relembre o caso
Uma confusão no Largo da Ordem envolvendo uma equipe da patrulha da Guarda Municipal (GM), terminou com a morte por disparos de arma de fogo do jovem Mateus Noga de 22 anos. Também ficaram feridas pelos disparos uma adolescente, de 14 anos, e uma mulher, de 31 anos. A ocorrência foi na Rua Trajano Reis, perto do monumento Cavalo Babão.
Com a investigação por parte da Polícia Civil, câmeras de segurança da prefeitura mostraram um disparo sendo realizado por um agente da guarda municipal. Em depoimento, Alessandro confessou ter atirado com o objetivo de dispersar grupos que estariam atacando garrafas em direção aos guardas. Em nota, a Guarda Municipal de Curitiba lamentou o falecimento do jovem.
A família de Alessandro chegou a realizar uma manifestação no Largo da Ordem para pedir justiça e mais transparência nas informações do caso. Noga era pai de um bebê de nove meses, trabalhava como chaveiro e foi alvejado por tiros de calibre 12, enquanto comemorava com amigos a carteira de motorista.