A Prefeitura de Curitiba criou um protocolo que altera a utilização de câmeras usada nas fardas dos guardas municipais. A partir da última sexta-feira (12), o agente não poderá desligar o equipamento quando estiver trabalhando, a não ser no intervalo da atividade ou durante as necessidades fisiológicas. A mudança deve-se especialmente a enorme repercussão do caso do jovem Caio Lemes, morto em uma abordagem em que os guardas estavam com as câmeras desligadas no mês de março.
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Segundo esse novo protocolo, o guarda deve acionar o botão de gravação de vídeo e áudio do equipamento quando iniciar a atividade e permanecer com o registro até o final do serviço. No antigo protocolo, os guardas deveriam ligar as câmeras somente no momento da abordagem e não ao começar a atividade. Além disso, o texto não previa punições caso as gravações não fossem realizadas.
Caso Caio
Para a mãe do jovem Caio Lemes, Lilian Ferreira da Silva, a morte do filho poderia ter sido evitada, se os Guardas Municipais envolvidos na ocorrência estivessem com as câmeras das fardas ligadas.
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“É um instrumento muito importante para poder salvaguardar a vida dos que estiverem envolvidos na ocorrência, tanto da vida dos agentes. A câmera protege inclusive os próprios agentes. A gente sabe que não é fácil ser policial, trabalhar nas ruas, você lida com um monte de gente diferente. Mas no caso do meu filho, que era um inocente, que foi atendido por um mau policial, que jamais serviu e protegeu, não teve essa intenção, então seria essencial que tivesse sido gravado”, afirmou Lilian, em entrevista para a RPC.
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No boletim de ocorrência, dois guardas relataram que o tiro foi em legítima defesa e que Caio teria uma faca. No entanto, alguns dias depois, um dos um dos agentes mudou a versão e informou que o disparo ocorreu quando o jovem estava rendido.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Paraná e pela corregedoria da Guarda Municipal de Curitiba.