Apesar da greve dos petroleiros, que começou nesta quarta-feira (30) e vai até sexta-feira (1), não deve faltar combustível para a distribuição. Os trabalhadores pararam as atividades para mostrar à população o motivo do preço dos combustíveis estar tão alto, já que, segundo o Sindicato dos Petroleiros do Paraná e Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), a Petrobrás tem praticado política de valor com base no dólar.

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Mobilizados em frente à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), os petroleiros se mostraram também revoltados pela possível venda de parte da Petrobrás. Segundo eles, esse repasse seria uma forma de privatização disfarçada.

Com duração de três dias (72 horas), a greve tem possibilidade de se transformar em paralisação por tempo indeterminado. “Estamos fazendo esse alerta às autoridades, pois se não valer de nada a nossa advertência, vamos levar a situação para avaliação em assembleia na sexta feira e podemos sim continuar em greve”, explicou Mário Dal Zot, presidente do sindicato.

Convocada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), a greve é contra o aumento abusivo dos preços dos combustíveis e gás de cozinha. “Nós precisamos mostrar para a população o que está acontecendo, por isso paramos e estamos expondo”.

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Os petroleiros também pedem pela retomada da produção interna de combustíveis, o fim das importações da gasolina e outros derivados de petróleo e querem a garantia dos empregos. “Afinal, nós passamos em concurso para trabalhar na Petrobrás e não podemos ter a insegurança de não saber o que vai acontecer com os trabalhadores se for vendido”.

As unidades mobilizadas nesta greve no Paraná são a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária; Usina do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul; e Terminal Aquaviário de Paranaguá (Tepar). Já em Santa Catarina, o movimento acontece nos Terminais de São Francisco do Sul, Biguaçu, Guaramirim e Itajaí, bem como no Edifício Administrativo da Transpetro de Joinville (Ediville).

Vai faltar combustível?

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Segundo o sindicato, a greve acontece no mesmo momento em que os caminhoneiros continuam mobilizados, mas a manifestação dos petroleiros não tem relação. Além disso, a população não precisa ter pânico, pois durante este período inicial de greve não há risco de desabastecimento de combustíveis essenciais à sociedade, como gasolina, diesel e gás de cozinha.

Mesmo com a greve dos caminhoneiros, a produção na Repar não parou, então o armazenamento da refinaria continua cheio e a distribuição para a venda também segue normalmente. Caso a manifestação ultrapasse os três dias, vai ser feita uma avaliação da forma como isso vai ser conduzido, pois a intenção dos petroleiros não é prejudicar a população.

https://www.tribunapr.com.br/noticias/curitiba-regiao/petroleiros-reforcam-greve-dos-caminhoneiros-que-chega-ao-10o-dia/