Cerca de três mil trabalhadores que atuam no Paraná em diferentes setores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), Hospital de Clínicas (HC) e Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) estão em greve. A paralisação começou no dia 11 de março e é por tempo indeterminado.
Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Estado do Paraná (Sinditest), Antônio Neris de Souza explica que a greve é nacional e que 54 universidades do Brasil já aderiram ao movimento.
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De acordo com Souza, além dos técnicos administrativos em educação (TAE), a paralisação também envolve outras profissões, como médico, engenheiro, farmacêutico, advogado, assistente social, psicólogo e sociólogo.
A principal reivindicação dos profissionais é a adequação do piso salarial. Conforme Souza, o plano de carreira está parado desde 2005. Além disso, houve o congelamento salarial nos últimos sete anos. “A gente não tá pedindo aumento, estamos pedindo revisão da nossa carreira. A nossa carreira é um dos menores salários do serviço público federal, então queremos readequação”, afirma.
O diretor do Sinditest comenta que os baixos salários fazem com que os profissionais desistam de atuar como concursados. “Na nossa carreira, a evasão é de cada dez funcionários que entram, sete pedem para sair por conta do salário baixo. Na medicina é maior ainda. A média chega a 90%. [Os médicos] entram no concurso, passam no concurso e depois pedem para sair”.
Conversa com o Governo Federal
Os trabalhadores em greve tinham a expectativa de que acontecesse uma conversa em Brasília nesta quinta-feira (28). Entretanto, a reunião foi adiada e deve acontecer no início de abril, após uma comissão técnica avaliar a proposta dos profissionais.
Por isso, o Sinditest acredita que no início do próximo mês haverá um parecer mais consistente sobre a situação.
A reportagem da Tribuna do Paraná tenta contato com o Governo Federal.
