A greve dos trabalhadores dos Correios completa uma semana nesta quarta-feira (3) com impacto nos serviços prestados à população. Em Curitiba, a paralisação está gerando atraso de vários dias na entrega de Sedex e correspondências simples. Serviços com hora marcada para entrega, como Sedex 10 e Sedex 12, estão suspensos.
Nesta quarta, o sindicato da categoria do Paraná, o Sintcom-PR, decidiu seguir a decisão da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), que recusou na uma proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para encerra a mobilização.
Segundo o Sintcom, com a decisão, algumas agências da capital funcionam e outras não. Entre as unidades afetadas está a da Rua João Negrão, no Centro. A estrutura teve o setor de operações bloqueado pelo sindicato. Isso impossibilita, por exemplo, a entrega de encomendas do exterior, já que os pacotes passam pela agência antes de ser distribuídos. O atendimento ao público nos guichês, no entanto, está disponível.
De acordo com os Correios, o setor jurídico da empresa está tomando as medidas cabíveis pra restabelecer o serviço de entrega de encomendas. Para suprir essa carência, os Correios também estão encaminhando encomendas para agências da Região Metropolitana de Curitiba (RMC) que possam fazer a distribuição, informou o sindicato.
Negociações
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) apresentou a proposta para encerramento da greve nesta terça-feira (2). Os funcionários, porém, reclamam que não houve explicações sobre a privatização da empresa: “O TST falou só sobre férias dos trabalhadores, e nem tocou no assunto da privatização, que é a principal pauta dessa greve”, explica Marcos Rogério Inocêncio, membro da secretaria geral do Sintcom .
Os trabalhadores entrarão novamente em negociação com o TST na tarde desta quarta, às 15h. Logo em seguida, será realizada uma assembleia entre os funcionários, que deverão decidir por manter ou não a paralisação.
A categoria está mobilizada contra a ameaça de privatização dos Correios, retirada de direitos, fechamento de agências, falta de segurança, suspensão de férias e cobrança no plano de saúde. Os funcionários dos Correios também se posicionam contra a reforma previdenciária e trabalhista.