Vai ser o caos!

Greve do busão não será apenas nesta quarta. Entenda!

Foto: Daniel Castellano.

Motoristas e cobradores de ônibus de Curitiba e região metropolitana decidiram estender a greve que já acontece  nesta quarta-feira (15). Sem acordo quanto ao reajuste dos salários, os trabalhadores param por tempo indeterminado, conforme já haviam decidido em assembleia no dia 25 de janeiro. “Na assembleia daquele dia já tínhamos aprovado indicativo. Se não houvesse acordo, teria paralisação”, afirmou o presidente do sindicato da categoria (Sindimoc), Anderson Teixeira. A Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) já entrou com pedido para garantir circulação mínima durante os dias de greve e também estuda o cadastramento de transporte particular enquanto os serviços estiverem suspensos.

ATUALIZAÇÃO: Por decisão judicial, 40% dos ônibus voltam a circular na grande Curitiba

Nesta quarta, os trabalhadores do transporte coletivo cruzam os braços para apoiar a paralisação nacional contra a reforma da Previdência. Depois, a partir de quinta-feira (16), a greve continua até que haja uma definição sobre a data-base da categoria.

Motoristas e cobradores pedem reajuste de 15% sobre o piso salarial e elevação do vale-alimentação de R$ 500 para R$ 977. O aumento no valor do vale proposto pelos trabalhadores é uma tentativa de equiparar o benefício com o recebido pelos demais funcionários da Urbs que atuam no transporte coletivo.

A oferta do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba (Setransp) é de repor tanto o salário como o vale-alimentação de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o que representaria 5,43% de reajuste. O Setransp informou que, por enquanto, não há perspectiva de nova oferta e que, em caso de multas aplicadas pela Urbs por causa da greve, a entidade vai recorrer.

Frota mínima e transporte particular

A Urbs, que gerencia o transporte público na capital, informou que a exigência de frota mínima de operação para esta quarta-feira (15) também vale para os demais dias de paralisação dos motoristas e cobradores.

A empresa pediu à Justiça, nesta segunda-feira (13), que o Sindimoc seja obrigado a manter uma frota mínima de, pelo menos, 80% dos ônibus operando dentro do horário de pico e de 60% nos demais horários durante a paralisação. Até as 10h30 desta terça-feira, ainda não havia uma parecer da Justiça sobre a questão.

A Urbs informou ainda que pode, a partir desta quarta-feira, abrir cadastramento para o transporte particular na cidade, o que ajudaria a suprir parte da demanda gerada pela paralisação dos motoristas e cobradores. A medida, contudo, só será definida ao longo desta quarta.

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