Nada definido

‘Menor aumento possível’, diz Greca sobre reajuste da passagem de ônibus

O prefeito Rafael Greca visitou a fábrica da Volvo, na Cidade Industrial de Curitiba. Foto: Daniel Castellano/SMCS
Prefeito Rafael Greca. Foto: Daniel Castellano/SMCS

A prefeitura de Curitiba permanece em compasso de espera quanto às chances de manutenção do subsídio estadual ao transporte coletivo da cidade. No mês passado, Rafael Greca se reuniu com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), para pedir o aporte financeiro à rede de ônibus da capital, mas não há informação sobre avanços. Em passagem pela Câmara de Vereadores na manhã dessa segunda-feira (04), onde esteve para acompanhar o início das sessões plenárias de 2019, Greca afirmou apenas que “nós estamos trabalhando para que ela [a tarifa] suba o menos possível depois de dois anos congelada”.

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“A ideia é de uma parceria metropolitana, com o governo do Paraná, e as notícias vão ser boas”, prometeu, mas mantendo a confirmação de que o aumento é inevitável. Sobre o trabalho conjunto com a Urbs, Greca afirmou que “a Grande Curitiba é uma só, já não dá para dizer onde Curitiba começa, aonde a região metropolitana termina”, ao defender que a capital precisa do auxílio do governo estadual para a operação do sistema.

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Ainda em janeiro, Ratinho Junior se disse favorável à concessão de subsídio à rede de ônibus de Curitiba e região metropolitana no formato de isenção do ICMS para o óleo diesel utilizado no transporte público. Essa renúncia foi regra no Paraná entre 2013 e dezembro de 2018 (válida para cidades com mais de 140 mil habitantes), mas deixou de valer por decisão do Conselho de Política Fazendária (Confaz). Segundo o governador, o Paraná vai defender a retomada do benefício na próxima reunião do órgão, em março. Para as linhas urbanas e metropolitanas de Curitiba, essa isenção reduziu em R$ 0,29 os custos de operação por passageiro.

O aporte financeiro, que no ano passado foi de R$ 71 milhões, é considerado essencial para cobrir a diferença de R$ 0,46 entre a tarifa técnica e a social – que atualmente tem valores de R$ 4,71 e R$ 4,25.

Hoje não

Apesar de falar em menor aumento possível, o prefeito Rafael Greca não respondeu ao ser questionado sobre qual seria um índice de reajuste aceitável. “Você não vai me arrancar esse número hoje, porque eu ainda preciso ver o que decidirá a egrégia Justiça do Trabalho com relação a cobradores e motoristas. Tudo tem seu tempo sobre a terra, inclusive dizer o preço da tarifa”, sentenciou ele.

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O destaque dado por Rafael Greca aos trabalhadores tem explicação: a folha de pagamento é a maior fatia entre os componentes da tarifa, representa 40% do total de custos, e o mês de fevereiro é de data base. A categoria já iniciou campanha salarial e pede aumento de 10% nos salários.

Também sobre os trabalhadores da rede pública de transporte, Greca defendeu o projeto de lei de autoria do Executivo que pretende ampliar a utilização de bilhetagem eletrônica nos coletivos – e que iniciou tramitação na Câmara nos últimos meses de 2018 já em meio a polêmica.

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O prefeito garantiu que não vai interferir nas discussões, mas afirmou esperar que a Casa sinalize pela inovação: “É um problema para a Câmara discutir e eu acho que toda inovação é muito importante. Não teria sentido nós mantermos uma carreira de acendedores de lampiões, teria? Faz quanto tempo que os lampiões já não têm querosene”, disse o prefeito.

Para o Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus (Sindimoc), a proposta pode extinguir a profissão dos trocadores e abre o risco de demissões em massa – o que é negado pela administração.

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