A sensação do dever cumprido e os vencimentos ao final do mês bastariam para o tenente Luiz Henrique Vojciechovski, chefe de Operações Terrestres do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST) do Corpo de Bombeiros. Quando quando a gratidão de uma cidade toda, resumida em quatro linhas num pedaço de papel, está envolvida na história, aí o sabor é ainda melhor. Foi assim, com um bilhetinho no para-brisas de uma viatura, que moradores de Brumadinho agradeceram o socorro de bombeiros paranaenses após a tragédia que causou a morte de quase 200 pessoas na cidade mineira.
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Vojciechovski foi um dos primeiros paranaenses a pousar em Minas Gerais para auxiliar as forças de segurança locais no resgate às vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão. A missão da equipe era localizar e alçar os corpos em um dos times de intervenção, como eram chamados os agrupamentos dos voos rasantes de helicópteros.
O Paraná foi um dos primeiros estados do país a prestar apoio técnico e operacional para auxiliar os moradores da cidade. Essa equipe do Corpo de Bombeiros (composta ainda pelo sargento Guilherme Berwanger e pelo capitão Daniel Lorenzetto), a perita criminal Patrícia Doubas Cancelier, da Polícia Científica do Paraná, dois agentes da Defesa Civil e uma geóloga da UFPR estiveram na linha de frente do resgate na primeira semana do rompimento.
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Com o passar dos dias, o Paraná mandou novas equipes dos bombeiros (ao todo, 20 já estiveram em Minas Gerais), a cadela Brida, reconhecida nacional e internacionalmente no resgate de pessoas, e um helicóptero. No total, a operação conjunta dos estados logo após a acidente integrou 17 aeronaves, mais de 300 bombeiros e 12 cães.