Não amanheceu ontem em três vilas do Tatuquara. A fumaça preta e tóxica do incêndio de grande porte no depósito da Electrolux, na Rodovia do Xisto, empurrada pelo vento diretamente para o bairro, deixou as ruas escuras e perigosas. O fogo começou a se alastrar por volta das 4h, a partir do centro do depósito. Quando os bombeiros chegaram, as labaredas estavam altas e a fumaça já podia ser vista a quilômetros de distância. Uma tenda foi montada na entrada da empresa e mais de 40 bombeiros se revezaram no trabalho intenso de combate ao incêndio. Cerca de 10 viaturas dos bombeiros também atuaram no incêndio. Algumas delas ficaram fixas no depósito e outras fizeram o transporte de água. Várias empresas no entorno ajudaram fornecendo água para abastecer os caminhões dos bombeiros e agilizar a logística.
Cerca de 80 funcionários trabalhavam naquela hora, mas ninguém se feriu e todos foram mandados de volta para casa no ônibus da empresa. Apenas oito funcionários da brigada de incêndio, que tentaram apagar o fogo inicialmente, foram encaminhados ao Hospital Santa Cruz, onde ficaram em observação até o final da tarde e liberados, todos bem. Alguns bombeiros precisaram de atendimento do Siate, por inalar fumaça, mas nada com gravidade.
Combate
Às 9h, segundo o capitão Menegatti, dos Bombeiros, o fogo já estava sob controle, porém, ainda existiam focos de incêndio. Ele explicou que, como a área queimada era muito grande, não conseguiam chegar ao centro do barracão, o que fez o combate ao incêndio se limitar aos arredores do imóvel. E foi justamente este miolo de barracão que continuou queimando e gerou a fumaça.
Tratores e empilhadeiras chegaram em guinchos particulares para ajudar os bombeiros a revirar os destroços e fazer o rescaldo do fogo. A previsão é que o trabalho perdure até hoje, pelo menos. Alguma fumaça ainda pode existir, mas não tão forte e densa, a ponto das famílias terem que deixar suas casas, como ontem. Às 20h de ontem, o número de equipes no local foi reduzido, porque o fogo estava controlado e a falta de visibilidade colocava o pessoal em risco.
Causa
Por meio de nota, a Electrolux informou que apura a causa do incêndio com peritos especializados. A empresa também prestou apoio à Defesa Civil e ao Corpo de Bombeiros para minimizar os impactos na região, devido ao alastre da fumaça tóxica.
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