Criminosos que aplicavam o golpe da maquininha danificada em Curitiba, em entregas de aplicativos de comida por delivery, estão sendo procurados pela Polícia Civil em São Paulo. Setenta policiais estão cumprindo mandados para cumprir 29 ordens judiciais, sendo 16 mandados de busca e apreensão, sete de bloqueios de conta e seis de prisão temporária. A ação conta com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais e do Garra da Polícia Civil do Estado de São Paulo. As ações estão ocorrendo na capital do estado de São Paulo e em Diadema (SP).
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De acordo com a investigação, mais de dez famílias de Curitiba foram vítimas da organização criminosa. O esquema contava com a participação de criminosos que faziam um comércio ilegal de compra e aluguel de perfis de motoristas dos aplicativos. Segundo o delegado Emmanuel David, da Delegacia de Estelionato de Curitiba, as famílias prejudicadas tiveram prejuízos superiores a R$5 mil.
“Na investigação foi verificado que existe um mercado, em que os motoboys alugam ou vendem seu perfil no aplicativo de comida. Assim a pessoa fazia o pedido e dava algum problema antes da entrega do alimento. Era moto que estragava ou que trocava o motoboy com a cobrança de uma taxa extra com valores de R$ 0,55 centavos. Mas na hora de passar o cartão na máquina para fazer essa cobrança, eles colocavam valores de R$ 5.500, R$ 7.500 e R$ 10 mil”, disse o delegado em entrevista ao Bom Dia Paraná, da RPC.
A estratégia do golpe
Um falso atendente faz uma ligação telefônica para a vítima comunicando que o “entregador” teve um problema e que a entrega pode atrasar muito. A seguir, o estelionatário oferece a opção de “troca de entregador”, porém, para isso solicita o pagamento de uma nova taxa de entrega diretamente ao entregador, em um valor baixo e quebrado, para forçar o pagamento em cartão.
No ato da entrega da comida, ao invés de ser cobrar R$ 0,54, o criminoso debita R$ 5400. Isso é possível, pois os golpistas danificam o visor da máquina de cartão para impedir que a vítima veja o valor realmente digitado. Os valores debitados indevidamente vão para contas de laranjas e são imediatamente sacados. “Mais de 10 famílias de Curitiba tiveram prejuízos superiores a R$ 5 mil”, disse o delegado.