Um dos guardas municipais (GM) envolvido na morte de Caio José Ferreira de Souza Lemes, 17 anos, teria falado “putz, disparou”, logo depois que o adolescente foi baleado. É isso que afirma uma testemunha ouvida pela Polícia Civil (PCPR). O jovem morreu com um tiro na cabeça, durante uma abordagem no último sábado (25), na Cidade Industrial de Curitiba.
Em depoimento, a testemunha disse que Caio estava rendido e que fez “tudo que o policial pediu” quando foi morto. O guarda municipal Edson Pereira, que disparou, disse à polícia que Caio os ameaçou com uma faca de 25 centímetros, que guardava dentro do boné.
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A investigação provou que isso não aconteceu, ele não estava mais de boné durante a abordagem. A defesa do agente afirma que ele agiu em legítima defesa.
Edson Pereira é suspeito de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, e fraude processual. Câmeras de segurança flagraram o momento em que os três agentes correram atrás dele com armas em punho.
As câmeras corporais dos GMs estavam desligadas. Eles mesmos têm a autonomia para gravar ou não, mas a orientação é que liguem o equipamento no início de uma abordagem e que desliguem no final.