O comando da Guarda Municipal de Curitiba (GM) oficializou o afastamento do guarda municipal suspeito de atirar contra o jovem Mateus Silva Noga, na noite de sábado (11) no Largo da Ordem, no Centro de Curitiba. O comunicado foi realizado em entrevista coletiva na noite de segunda-feira (13) pelo comandante Carlos Celso Santos Júnior. Segundo a GM, as imagens das câmeras de segurança que podem ter flagrado o assassinato não serão divulgadas com o objetivo de “preservar os envolvidos”.
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A confusão que resultou na morte de Mateus está sendo apurada pela Corregedoria da Guarda Municipal que tem prazo de 15 dias para concluir o inquérito. Segundo o comandante, foram dois disparos da Guarda Municipal de calibre 12. Essa não foi a primeira vez que rolou confrontos entre GM e população na pandemia de covid-19. Em fevereiro, um fervo aconteceu após a Guarda multar pessoas.
“A Guarda foi chamada devido a uma briga generalizada e a GM pediu para que as pessoas se dispersassem, mas alguns não entenderam e avançaram contra os policiais que fizeram uso de arma menos letal. Os guardas são treinados para utilizar revólver, pistola e calibre 12, que pode ser letal e menos letal, usado em distúrbios civis. A Corregedoria vai verificar qual o armamento foi usado”, disse Carlos Celso Santos Júnior.
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Imagens e mulheres feridas
As imagens de câmeras de segurança da prefeitura que estão instaladas em vários pontos da cidade, inclusive no Largo na Ordem, foram repassadas para a Polícia Civil e para a Corregedoria. As imagens não serão divulgadas publicamente, com a alegação de preservar a imagens de todo o público presente na noite de sábado. A ocorrência foi na Rua Trajano Reis, perto do monumento Cavalo Babão.
No boletim de ocorrência que cita a confusão, mais duas pessoas ficaram feridas. Uma adolescente de 14 anos precisou de atendimento do Siate e foi encaminhada ao Hospital, mas recebeu alta. Outra mulher de 33 anos segue internada no Hospital Evangélico Mackenzie. Seu estado clínico é estável.