Sustentável

Gin premiado da Grande Curitiba é produzido com energia renovável; saiba como

Uso de energia renovável na produção de gin reduz custos em 20%. Foto: Adriano Hoffmann/ Divulgação Gedisa/Hambre

Na busca de alternativas sustentáveis na produção de destilados, as empresas Gedisa e Hambre se uniram para fabricar gin com energia renovável no Paraná. Além de promover a sustentabilidade, a parceria promete uma economia de 20% na destilaria paranaense, sediada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A Gedisa conecta pequenos produtores de energia limpa com consumidores, oferecendo uma forma de consumo de energia mais sustentável. A empresa tem diversas usinas solares, de biogás, de biomassa e hidrelétricas de pequeno porte – usinas de fontes renováveis – e que estão conectadas à Companhia Paranaense de Energia (Copel).  “As geram energia para rede da Copel, que é creditada para abatimento dos consumidores”, explica o CEO da Gedisa, Miguel Segundo.

Assim, na prática, ao invés da Hambre fazer uma instalação de placa solar na própria fábrica, a companhia se torna uma beneficiária das usinas de energia renovável que estão construídas em outros lugares. “Essa energia por ser fornecida direto de um produtor de pequeno porte. Além da Hambre ter a garantia de uma energia 100% renovável, ela também tem uma redução na fatura de energia, porque essa energia custa menos do que a energia elétrical”, destaca o CEO.

Segundo o mestre destilador da Hambre, Guilherme Bossoni, a produção total com uso de energia renovável foi iniciada há alguns meses com impacto positivo no caixa da empresa. “O custo da energia elétrica é atrelado diretamente ao custo do produto. Com a parceria entre Hambre e Gedisa, poderemos ser mais competitivos neste mercado de bebidas que é tão concorrido”, analisa Bossoni, que calcula uma redução de 20% na conta de energia elétrica.

Como funciona a produção de gin com energia renovável 

A produção de gin ocorre pela destilação de álcool neutro na presença de bagas de zimbro, produto que dá sabor característico ao gin. O sabor do zimbro pode variar com notas doces até mais resinadas.

“A destilação é feita em alambiques de cobre, com álcool extra neutro e com a presença de zimbro. A partir disso, [a bebida] já pode ser considerada gin, contudo toda destilaria desenvolve sua receita com muitos outros botânicos para se chegar a uma receita exclusiva de cada marca”, explica o mestre destilador.

A receita da Hambre leva 14 botânicos, como zimbro, coentro, laranja, limão, alcaçuz e anis. Um dia antes da destilação do gin, há a preparação do alambique com água, álcool e adição do zimbro. Essa infusão fica por 24 horas. “No dia seguinte, nós adicionamos o restante dos botânicos e inicia-se a destilação”, completa Bossoni.

Como esse processo demanda energia, a empresa paranaense resolveu investir em soluções sustentáveis. Com produção mensal de 20 mil litros de destilados, além da energia renovável, a Hambre tem buscado a reciclagem e a economia de água na produção. 

Entre as soluções adotadas está o uso de termocirculador de água para resfriar os equipamentos e a implementação de um projeto de reciclagem de garrafas de vidro. “Estamos trabalhando com novas embalagens de plástico e papelão que é muito mais fácil de reciclar”, informa Bossoni.

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