Trânsito no Atuba

Gerente de posto improvisa sinalização para diminuir caos da Linha Verde Norte

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

A longa obra da Linha Verde Norte e um novo bloqueio estão causando transtornos para quem vive ou precisa passar pela região do bairro Atuba, em Curitiba. Desde quinta-feira (09) a Rua Pintor Ricardo Krieger, no trecho de 160 metros entre a Estrada da Ribeira e a Rua Roaldo Brun que dá acesso ao Santa Cândida e Bacacheri, foi totalmente fechada para a continuação da construção.

Entretanto, muitos pessoas foram surpreendidas com a mudança, que está afetando até um posto de combustíveis localizado entre a Estrada da Ribeira e a Rua Pintor Ricardo Krieger.

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Gerente do posto de combustíveis, Kelly Ortiz explica que o estabelecimento possui dois acessos, mas por conta do bloqueio total da via lateral, a Prefeitura de Curitiba solicitou que a segunda saída do posto fosse fechada para impedir a passagem de veículos.

No entanto, ela revela que nenhuma placa de sinalização foi colocada no local e, por isso, muitos motoristas acreditam que ainda é possível fazer um desvio pelo posto para tentar fugir do trânsito. E essa situação está gerando muito tumulto, pois quando os veículos entram no estabelecimento – muitas vezes apenas para desviar, precisam fazer o retorno para sair pelo mesmo portão de chegada.

Por conta de todo esse caos, Kelly está fazendo a sinalização do trecho desde a manhã de sexta-feira (10). Como não havia nenhuma placa e nenhum agente da Superintendência de Trânsito (Setran), a própria gerente precisou escrever um aviso para sinalizar aos motoristas que a saída lateral do posto está bloqueada.

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

“Fecharam tudo, não avisaram a gente previamente e não colocaram uma placa de sinalização. A gente teve que improvisar uma placa e mesmo assim entram no posto. Eu estou a manhã inteira falando que o acesso é só para abastecer”, diz a gerente.

Ela reforça que por conta do bloqueio para a continuação das obras, o posto só possui um acesso que é o mesmo para entrada e saída. “O problema é o prazo de entrega dessa obra, porque para fazer essa rua diz que é de 40 a 120 dias. É uma rua curta para um problema gigante e estou preocupada. Eu sou gerente do posto e assim, já tinha despencado nossas vendas porque tiraram os semáforos e tamparam o retorno de quem vinha de Colombo. Agora estou preocupada de fecharem o posto, desabafa.

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

Sem sinalização adequada, gerente de posto assume função

Xingamentos, buzinas e a falta de compreensão dos motoristas também são outros problemas que a gerente e todos os funcionários estão precisando enfrentar. Ela conta que algumas pessoas estão achando que eles estão cobrando para abrir a saída. “Tem cliente achando que a gente vai cobrar. Muitos falam ‘se eu abastecer, você deixa eu sair por ali?’ Mas não dá para sair, porque o pessoal da obra pediu para gente passar a corrente e colocar cones na saída do posto”.

Para tentar resolver esse caos, a gerente afirma que durante toda a manhã de sexta-feira (10) tentou pedir ajuda para a Prefeitura e uma sinalização melhor no local. Sem sucesso, ela mesma precisou desempenhar a função. “Está o caos dentro do posto. Carro quase batendo para dar a ré, quase atropelando funcionário. Porque a pessoa já está atrasada, está enfrentando fila, então todo mundo está sem paciência”, completa.

Kelly também fez uma plaquinha que diz “eu avisei”, pois ela conta que mesmo falando sobre o bloqueio lateral muitas pessoas não acreditam e entram no posto, precisando fazer o retorno em seguida e causando congestionamento.

Preocupada com a situação, a gerente conclui: “quem fica no prejuízo é o trabalhador, literalmente. Até porque essa obra se arrasta por mais de dez anos. É uma situação bem complicada”.

Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

O que diz a prefeitura

Por meio de nota, a Superintendência de Trânsito (Setran) informa que a empresa responsável pela obra já sinalizou adequadamente o local de bloqueio que agentes de trânsito também estão orientando os motoristas no local nestes primeiros dias.

“Até que os condutores se adaptem ao novo trajeto, manteremos o monitoramento na região. A orientação para os motoristas que não precisam acessar a área é que evitem a região e procurem rotas alternativas. Ao passar pelas obras, o motorista também deve reduzir a velocidade e prestar atenção na sinalização existente”, finaliza nota.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, a opção de desvio para quem trafega pela Linha Verde (Estrada da Ribeira), sentido Colombo/Curitiba, é entrar à direita na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes.

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