Dos cerca de 400 grandes geradores de lixo de Curitiba e região metropolitana – shoppings, supermercados, restaurantes, bares e hotéis – apenas 213 já informaram à prefeitura qual foi a solução encontrada para a destinação de seus resíduos.
Os 187 restantes serão autuados nos próximos dias e terão que pagar multa de R$ 1,1 mil por não terem apresentado a informação – o prazo final era ontem. Desde então, o aterro sanitário da Caximba está fechado para o lixo dos grandes geradores. Ontem, seis caminhões foram barrados no aterro, que está sendo guardado por fiscais da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA).
Grande parte dos geradores – que produzem acima de 600 litros de lixo por semana – já tinha um plano de gerenciamento de resíduos, o que é exigido pela SMMA. Mas os que não repassaram dados sobre a destinação à secretária serão penalizados.
Enquanto isso, o licenciamento prévio para escolher a cidade que deverá receber a nova tecnologia de destinação do lixo de Curitiba e região ainda não foi finalizada.
Três cidades estão na disputa: Curitiba, Mandirituba ou Fazenda Rio Grande. Ainda é aguardada também a licitação para a escolha da empresa que vai cuidar da nova tecnologia.
Os supermercados já encontraram soluções para seus resíduos, segundo o superintendente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Valmor Rovaris.
Estas vão da utilização de aterros particulares até uso de tecnologias mais avançadas, mas todas são mais caras do que usar a Caximba. “O valor aumentou sete vezes”, reclamou.
A rede de supermercados Condor, por exemplo, está utilizando uma tecnologia de reaproveitamento do lixo orgânico para a ração de suínos e adubo orgânico. A rede gera cerca de 20 toneladas de resíduos por dia.
Alguns shoppings também já resolveram o problema, como o Palladium, que gera 96 toneladas de lixo orgânico por mês e aderiu a tecnologia semelhante à do Condor. Já o Park Shopping Barigui está utilizando uma empresa que encaminha os resíduos para um aterro particular.
