Caso Tayná

Geaco denuncia 19 pessoas por tortura de suspeitos

A coordenação estadual do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, denunciou 21 pessoas por envolvimento em tortura dos quatro primeiros suspeitos de matar Tayná Adriane de Silva, 14 anos, em junho. Destes, 19 foram acusados formalmente por tortura, um por lesão corporal e uma escrivã, da delegacia de Alto Maracanã, por falso testemunho. A denúncia foi entregue à Justiça de Colombo que irá fazer o julgamento.

Para alguns processados por tortura recaiu a acusação de crimes sexuais. Dos 15 presos no início das investigações, 13 continuam detidos, entre eles o delegado Silvan Rodney Pereira, sete policiais civis, um policial militar, dois guardas municipais e um “preso de confiança”. Dos seis que foram denunciados na conclusão da investigação, quatro são policiais civis, um é detento, e o sexto é um ex-policial militar que, segundo o Gaeco, se passava por investigador em delegacia.

Investigação

O Gaeco não especificou se a tortura aconteceu antes ou depois da confissão de Adriano Batista, 23 anos, Sérgio Amorim da Silva Filho, 22, Ezequiel Batista, da mesma idade, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25. As evidências que sustentam a denúncia do Gaeco foram produzidas com base no depoimento de 60 pessoas, em laudos do Instituto Médico-Legal e na perícia das roupas que eles usaram quando passaram pelas delegacias do Alto Maracanã, Araucária e Campo Largo. Também foi feita perícia nas celas em que eles ficaram.

“Ouvimos as quatro vítimas em três oportunidades diferentes. Também interrogamos os policiais e colhemos depoimento de outras testemunhas. Concluímos, com base em provas, que realmente houve tortura”, declarou o procurador de justiça Leonir Batisti, coordenador estadual do Gaeco.

Durante a investigação foram apreendidos R$ 50 mil em dinheiro e uma máquina de choque na casa de um investigador da DP do Alto Maracanã. Cassetetes e sacos plásticos idênticos aos descritos pelos presos torturados também foram apreendidos em delegacias.

Homicídio

O inquérito que apura o assassinato de Tayná deve ser finalizado pela equipe do delegado Guilherme Rangel na próxima semana.

Confira no vídeo os detalhes da denúncia.

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