A “gangue da dinamite” voltou a atacar na madrugada de sábado. Desta vez, a quadrilha explodiu caixas automáticos do Banco do Brasil, em Balsa Nova. Moradores ao redor do banco ainda chegaram a presenciar a fuga dos marginais, mas não conseguiram pegar detalhes dos bandidos, nem do carro que usavam.

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Nem todos os explosivos que a quadrilha colocou no caixa explodiram e foi encessária a presença do Esquadrão Anti-Bombas para desativar este restante.
O crime foi por volta das 3h30, na agência da Avenida Brasil, a principal via da cidade.

Os bandidos chegaram possivelmente num Gol geração 2, de cor branca ou prata, e estacionaram na frente da agência, já embicado para sair. Eram quatro homens. Um possivelmente ficou no carro, aguardando para dar fuga ao bando, outro ficou com uma metralhadora do lado de fora, dando cobertura, enquanto os outros dois atuaram nos caixas.

Segundo a Polícia Militar, eles arrombaram a porta usando um pé de cabra, barulhos que fizeram a vizinhança acordar. Em seguida, o alarme do banco disparou.

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Assim que entraram na área dos caixas eletrônicos, os bandidos rapidamente colocaram os explosivos no terminal do meio – são três caixas na agência – e o explodiram.

Pegaram o que queriam e foram embora. Dois homens saíram armados, possivelmente com revólveres e se juntaram aos outros dois comparsas no Gol. A ação não durou mais que cinco minutos e foi toda filmada pelas câmeras da agência.

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Moradores da rua já tinham presenciado, no ano passado, outro arrombamento àquela mesma agência, feita pela gangue do maçarico, que acabou toda identificada e presa pela Delegacia de Furtos e Roubos (DFR).

Bomba
Assim que policiais militares chegaram – acionados pelos vizinhos da agência – perceberam que ainda havia explosivos não detonados nos caixas. Por isso, isolaram o local e chamaram o Esquadrão Anti Bombas, do Comando de Operações Especiais (Coe).

A equipe neutralizou o artefato, utilizando técnicas para separar explosivo da espoleta e desativar a bomba. O Instituto de Criminalística periciou a agência e também levou o explosivo para ser analisado.

De acordo com o cabo Taurino, do Coe, este tipo de material sempre deixa algum indicativo de sua origem. Não se descarta a hipótese de que seja parte dos explosivos roubados de um depósito, em Almirante Tamandaré, em junho.

Tais dinamites, acredita a polícia, já foram usados na explosão de cinco caixas eletrônicos (incluindo este último de Balsa Nova), desde então. Já foram detonadas agências no Boqueirão, Campina Grande do Sul, Agudos do Sul e Bocaiúva do Sul.

Neste meio tempo, entre um arrombamentoe outro, a DFR chegou a prender dois suspeitos de integrar a “gangue da dinamite”. Mas nem estas prisões foram suficientes para barrar os crimes.

Outro grupo, que furtou explosivos de uma empresa em Rio Branco do Sul, também foi presa logo em seguida e o material integralmente recuperado. A polícia investiga a ligação entre estes grupos e procura identificar todos os integrantes da gangue.