Pedal do crime

“Gangue do pedal” adota disfarce para assaltar regiões centrais de Curitiba

Com roupas de ciclismo, gangue da bicicleta faz vítimas em Curitiba
Gangue da bicicleta 'inova' em assaltos nos bairros nobres de Curitiba. Foto: colaboração

Curitibanos estão assustados com uma nova modalidade de assalto. Ladrões trajados com acessórios de ciclistas estão furtando correntes, celulares e brincos em vários pontos da cidade. Bairros como Água Verde, Batel, Centro Cívico e Centro são os preferidos da gangue do pedal que costumam atacar mulheres e idosos.

A estratégia dos assaltantes já é conhecida pelas autoridades. Uma pessoa distraída no celular ou mesmo caminhando em ciclovias e parques é surpreendida pela rápida ação do ladrão. Em muitos casos, a vítima acaba machucada depois de ter o objeto furtado.

O que está chamando atenção é essa nova artimanha dos bandidos. Quem vai imaginar que uma pessoa com capacete e roupa esportiva fará mal? Um advogado que pediu para não ter o nome divulgado acompanhou a atividade desse grupo no Batel.

“Foi ali na Feirinha do Batel, eu estava saindo e vi duas pessoas na espreita. Achei estranho, um amigo avisou que no Centro também estão agindo usando acessórios de ciclistas. Usam capacete, luva e roupas esportivas, e atormentam moradores. Já passei por uma situação ali na saída do Pátio Batel quando roubaram a corrente da minha irmã. É surreal o que estão fazendo, eles estão brincando com a nossa cara”, disse o advogado.

Câmera flagra ação da gangue da bicicleta. Assista:

Conseg aposta no fortalecimento da Muralha Digital para diminuir ação da gangue da bicicleta

Quem está atento com os furtos é o Conselho Comunitário de Segurança do Batel (Conseg). Para a presidente do Conseg, Ana Cecília Parodi, é necessária uma ação mais forte das forças de segurança com o apoio da Muralha Digital – sistema de videomonitoramento que acompanha a cidade em tempo real lançado em 2021 pela prefeitura de Curitiba. 

“A única forma de ação e coação é o fortalecimento estrondoso e impactante da Muralha Digital. O Conseg Batel já se colocou às ordens para o secretário Vianna e para o comandante Cels. Estamos organizando a parte prática de uma parceria sólida pra monitoramento próximo dos 100%”, reforçou Ana.

Segundo a Polícia Civil, todos os furtos ou roubos registrados em Boletim de Ocorrência são investigados. Uma vez confirmado que há indícios de crime, são realizadas diligências para identificar os autores e recuperar os objetos subtraídos. Também é feito um trabalho diário para identificar e prender receptadores como forma de desestimular a prática destes crimes.

A PCPR reforça também a importância de que qualquer crime contra o patrimônio seja comunicado o mais rápido possível. A demora em registrar Boletim de Ocorrência pode prejudicar a eficácia das investigações e a identificação de criminosos. No caso de furto, a vítima pode tanto comparecer a uma delegacia mais próxima, quanto fazer o registro de forma online pelo site da PCPR: https://www.policiacivil.pr.gov.br/BO

As denúncias enviadas pela população também são importantes para a identificação de autores. As informações podem ser enviadas de forma anônima pelos números 197, da PCPR e 181, do Disque-Denúncia ou diretamente à equipe de investigação.

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