Depois de andar pelos corredores das galerias Asa, Osório e Tijucas, vamos avançar pelo Centro de Curitiba, passeando pela Rua XV de Novembro para chegar perto da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Lá estão várias galerias, entre elas, a Minerva, ponto iluminado que teve o nome dedicado à farmácia que por muitos anos foi a principal da capital paranaense.

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Pertinho da Minerva, vamos dar sequência na série de reportagens da Tribuna do Paraná sobre as galerias comerciais. Ritz, Suissa e Andrade estão no coração do curitibano, espaços que apostaram em pequenas salas para dar sustento para várias famílias. Bora lá!

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Jogadores de futebol entre os clientes

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Rua Marechal Deodoro, número 51, endereço da Galeria Ritz, no Condomínio Edifício Wenceslau Glaser. São 18 andares de história e tradição. Fazendo a ligação com a XV de Novembro, a galeria se mantém atual, mesmo passados 52 anos de sua inauguração. Uma das grandes diferenças, em comparação outros corredores comerciais do Centro, é a escada que liga a parte inferior e superior da galeria. 

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No projeto inicial, havia a previsão de uma segunda galeria, que funcionaria como uma ponte entre o prédio e a Praça Tiradentes, além de uma praça interna, no que seria o primeiro “miolo de quadra” de Curitiba. As soluções, no entanto, não saíram do papel. O nome é uma homenagem ao Cine Ritz, que funcionou na Rua XV de Novembro, no local onde foi construída a galeria. 

Galeria Ritz

Quando se fala em Ritz, a frase precisa ter obrigatoriamente citar Cesar Bogo, dono de um salão de beleza no local, há 45 anos. Com mãos hábeis com a tesoura e uma voz de locutor, Cesinha como é mais conhecido, segue recebendo nas suas cadeiras, ex-jogadores de futebol, políticos e tantas outras personalidades curitibanas.

“Antigamente era muito movimentado, com o cartório e bancos. Muitos atletas se reuniam aqui, alguns ainda seguem cortando o cabelo comigo. Eu tenho orgulho, mas confesso que o momento não é bom para o comércio do Centro. Está faltando segurança na Rua XV, e por isso, a procura (maior) das pessoas pelos shoppings”, alertou Cesinha. 

Ainda na Ritz, outra figura carimbada é Jean Josimar. Ele começou a trabalhar como ascensorista, uma profissão em extinção, e depois de vários anos nos elevadores auxiliando centenas de pessoas, ocupa atualmente a função de gerente geral. “Aqui foi o meu primeiro registro da carteira de trabalho. As pessoas chegam aqui no edifício de outros lugares para andar de elevador. Minha vida é aqui”, reforçou Jean, que está há 15 anos na galeria.

Eletricidade é na Suissa 

Localizada entre as ruas Marechal Deodoro e José Loureiro, a Galeria Suissa tem um público diário de 20 mil pessoas, em um dos pontos de referência no Centro, com 4 mil m² de área e 100 metros de corredor. 

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O que muitos de seus clientes e visitantes provavelmente desconhecem, é que a história remete à loja Casa Suissa de Eletricidade. Loja do imigrante suíço Alberto Bolliger, pai de Oscar Bolliger, fundador da galeria, que chegou ao Paraná para se dedicar à instalação da energia elétrica no estado.

Galeria Suissa

Em 1949, o estabelecimento contava com diversas filiais na capital, quando se transferiu para um imóvel próprio, localizado na Rua Marechal Deodoro. Este fato daria início à história da Galeria Suissa, pois os donos foram comprando os imóveis no local, até chegarem à outra entrada, na Rua José Loureiro.

Paulina Custódio da Silva, está há 36 anos na Suissa, comandando a Mozart – Arte de Gravar, loja que comercializa pulseiras, pilhas de relógios, placas de homenagem e gravações em pedras e cristais. Segundo ela, é a melhor galeria de Curitiba pelos serviços prestados para a população.

“A família Bolliger nos acolheu. Estamos felizes de estarmos aqui, criamos nossas filhas com o trabalho. Eu amo, gosto das pessoas que passam por aqui aqui, temos muita coisa boa na galeria. Eu acho a melhor galeria de Curitiba”, orgulha-se Paulina. 

Da Síria para a Andrade

A galeria cujo nome homenageia o deputado e restaurador Antônio Ricardo Lustoza de Andrade, fica sob o Edifício Visconde de Taunay, de uso comercial e residencial, construído no centenário da emancipação política do Paraná, em 1953. Uma das entradas é pela Praça Generoso Marques, em frente ao Paço da Liberdade. 

Galeria Andrade

No imóvel onde está a galeria, além do comércio que conta com óticas, lavanderias, costureiras, restaurantes e cafés, há seis edifícios residenciais. Um deles, o Joaquim de Andrade, é moradia da simpática Hilani Mehisen, de 61 anos, natural da Síria. Ela está no Brasil há 34 anos, é casada com brasileiro e decidiu deixar o país de origem para dedicar a vida à família, com seus cinco filhos. 

Apesar da saudade da Síria, a Galeria Andrade a abraçou nos momentos que precisava de apoio. “Eu gosto de morar aqui, as pessoas ajudaram muito a gente no começo. Eu não sabia falar uma palavra direito. Tenho amizade com os vizinhos, não trocaria por um lugar mais afastado. Da Síria, eu trouxe os meus valores para meus amigos brasileiros”, completou a Hilani.  

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