Cinco mandados de prisão preventiva, seis de busca e apreensão e três conduções coercitivas foram cumpridos em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) nesta terça-feira (21). A ação foi realizada pelo Ministério Público em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e faz parte da segunda fase da operação Fim de Feira.
Na investigação, são apurados diversos delitos cometidos por empresários do setor de transporte público e ex-funcionários da Companhia Municipal de Transporte Público de Araucária como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Entre os alvos dessa fase da operação estão o ex-prefeito de Araucária Rui Alves de Souza (PTC), o dono da empresa Transtupi, um ex-secretário da prefeitura e ainda uma pessoa suspeita por realizar a mediação entre Rui e os empresários envolvidos no esquema. Eles foram encontrados em duas residências, duas empresas de ônibus e em um escritório de advocacia.
Operação Fim de Feira
Em sua primeira fase deflagrada no dia 20 de dezembro de 2016, a Operação Fim de Feira prendeu Rui Alves de Souza (PTC) e outros servidores municipais suspeitos pelos crimes de concussão, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Segundo as investigações, o ex-prefeito exigia valores monetários para firmar contratos e liberar o pagamento referente a eles, colocando na frente da fila somente as empresas que aceitassem a chantagem. “Sabemos que o prefeito foi pessoalmente receber um pagamento enquanto ainda era vice, em julho”, afirmou o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti.
