O pai de um aluno foi fuzilado em frente ao colégio do filho, pouco antes das 8h de ontem, na Vila Camargo, Cajuru. Fabiano Gonçalves Pinto, 31 anos, tinha acabado de deixar o garoto, de 6 anos, na escola e retornava ao seu carro, quando foi surpreendido pelo assassino e morto com cerca de 15 tiros. O rapaz tombou a poucos metros do portão do colégio, na Rua Pedro Violani, quase esquina com a Rua Dante Melara.
De acordo com funcionários da escola, o garoto tinha acabado de entrar na sala de aula, quando vários disparos foram ouvidos do lado de fora. Atingido nas costas, na cabeça, no pescoço e nas pernas, Fabiano caiu ao lado de seu Palio placa AKD-9881.
“Ele levou pelo menos 15 tiros, disparados de somente uma arma”, afirmou a perita Clélia, do Instituto de Criminalística. Nove estojos e cinco projéteis de pistola calibre 380 foram recolhidos em volta do corpo.
Rixa
A polícia não acredita que Fabiano tenha sido vítima de um assaltante, que tentava roubar seu carro. “Pela forma como o rapaz foi morto, com tantos tiros, com certeza foi uma execução”, disse o investigador Edson, da Delegacia de Homicídios. A suspeita foi confirmada por pessoas ligadas à vítima. Eles contaram que o motivo é uma rixa antiga e que o autor seria ex-presidiário.
Porém, por medo de represálias, os familiares não quiseram passar informações importantes sobre o autor. Os policiais lamentaram a atitude e lembraram que as testemunhas podem denunciá-lo, sem que tenham sua identidade revelada.
Insegurança
O crime chocou funcionários e estudantes do CEI Ritta Anna de Cássia. “A violência assusta e a gente sabe que não é só aqui, é em todo lugar”, disse Elizabeth Dubas, chefe do Núcleo de Educação da Regional Cajuru. “Infelizmente o efetivo das polícias Militar e Civil é pouco e provoca essa falta de segurança”, analisou.
Por minutos, a fuzilaria não aconteceu na frente das crianças, o que poderia ter feito outras vítimas. “O horário de entrada dos alunos é 7h30, mas Fabiano se atrasou e deixou o filho uns 15 minutos depois, quando todos já estavam dentro do colégio”, relatou Elizabeth.
