O fusca que aparece na contramão da BR-277, antes do engavetamento em Balsa Nova, na região metropolitana de Curitiba (RMC), estava parado. É isso que afirma o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Fernando Oliveira, que usou as próprias redes sociais para falar sobre o acidente.
Cinco pessoas morreram e outras onze ficaram feridas no mega engavetamento que aconteceu na tarde do último sábado (02). As imagens do fusca azul na contramão foram capturadas por uma câmera acoplada de um caminhão.
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Oliveira afirma que uma leitura apressada do vídeo pode dar a impressão de que o fusca estava se movimentado, mas esse não é o caso. “Uma análise mais detida das imagens, feita inicialmente pela própria equipe da PRF que estava no local dos fatos e referendada pelo plantão da PCPR em Campo Largo, demonstrou que o carro, na verdade, estava parado, embora de fato estivesse posicionado na contramão”, escreve o policial.
O superintendente da PRF também relata que a polícia teve acesso ao vídeo e abordou o motorista do carro no dia do acidente. Segundo Oliveira, ele estava desorientado e disse que não lembrava o que havia acontecido. O homem passou pelo teste do bafômetro, que teve resultado negativo, preencheu um termo e foi liberado.
Ele também reforça que é possível concluir que o fusca estava parado quando se compara a posição do veículo com qualquer ponto fixo presente no vídeo. “O suposto movimento do Fusca não passa de uma ilusão de ótica – a única movimentação presente nas imagens é do caminhão em que a câmera está acoplada”.
O acidente está sendo investigado pela Polícia Civil (PC). O laudo da perícia da PRF deve ser finalizado até o dia 12 de setembro.
Em entrevista para a RPC, o superintendente da PRF confirmou que o motorista do fusca também será ouvido pela Polícia Civil.