Funcionários da Santa Casa de Colombo fizeram ontem (04) manifestação para pedir a reabertura do hospital e a troca do interventor responsável pela instituição. A entidade está fechada há quase dois anos por problemas nas condições de trabalho para o corpo clínico e dívidas tributárias. Desde então, os cerca de 120 trabalhadores estão sem receber os salários nem conseguiram fazer as rescisões trabalhistas.
O prédio foi recentemente reformado, porém, continua não funcionando. Além disso, os empregados reclamam que o interventor Joaquim Rauli não estaria empenhado em resolver a questão. “Queremos que seja outro (interventor), que acompanhe e reabra imediatamente os postos de trabalho. Ele não reabriu a Santa Casa e a figura dele desgastou, não transmite credibilidade. Os trabalhadores não confiam mais nele”, afirma o advogado do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e região (Sindesc), Raphael Struszike. “Os funcionários estão sem receber e o contrato não foi encerrado. Assim não conseguem continuar com suas vidas”, critica. O interventor foi procurado pela Tribuna, mas a reportagem foi informada que ele estava viajando.
Na mesma
De acordo com o sindicato, os custos para regularização da situação com certidões chegam a aproximadamente R$ 35 mil, sem contar a dívida, que seria de R$ 4 milhões, com pagamentos dos funcionários, impostos e reforma do hospital. O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) afirmou que a situação da Santa Casa continua a mesma desde que o hospital foi interditado e não foi solicitada nenhuma vistoria para autorização da reabertura. “Tendo as certidões, a prefeitura já manifestou que irá investir na reabertura”, diz o tesoureiro do Sindesc, Natanael Marchini.
A manifestação aconteceu em frente ao hospital e seguiu pelo centro até o Fórum, onde os representantes dos trabalhadores reforçaram o pedido de solução do caso. Eles também participaram de audiência no Ministério Público para solicitar providências e agendaram para o próximo dia 20 reunião com todas as instituições envolvidas no impasse, como representantes dos trabalhadores, o interventor e a prefeitura.
Convênio
Em nota, a prefeitura de Colombo informa que a administração municipal “não tem nenhuma gerência na administração da Santa Casa por ser hospital particular e filantrópico”, mas que tem interesse em renovar o convênio após a reabertura da entidade, quando todas as certidões estiverem em ordem.